Pedro Bial recebeu para entrevista em seu programa Mario Sergio Cortella e Marcelo Tas, que lançaram um livro contra a “cidadania obscena” e a influência das redes sociais nas pessoas.
Cortella, ao lado de Leandro Karnal, é um mestre em dizer platitudes com ar de sabedoria, e pelo visto isso seduz muita gente. Ele é também um admirador de Paulo Freire, que foi seu orientador de doutorado. Quando precisou elencar suas objeções a Freire, sequer mencionou o fato de se tratar de um comunista defensor de tiranias que importou o conceito marxista de luta de classes para dentro das salas de aula, com consequências terríveis.
Marcelo Tas é um apresentador com viés de esquerda, com quem já participei de um painel de debates sobre os limites do politicamente correto. Ambos bancam os “isentões”, mas no fundo pregam uma visão claramente “progressista” de mundo.
E quando a conversa chegou no tema tolerância, Tas puxou Bolsonaro da cartola, citando o caso deturpado em que o deputado disse que “não estupraria” Maria do Rosário por ela ser feia. Será que Tas não sabe que Bolsonaro é um dos únicos ali que quer aumentar a pena de estupradores, enquanto a esquerda, em especial Maria do Rosário, trata esses marginais como “vítimas da sociedade”?
Mas é possível ver o ar de superioridade de Tas, a condescendência com a qual trata os eleitores do deputado, como se precisassem ser ensinados sobre os erros da intolerância do seu representante, umas crianças limitadas que necessitam da sabedoria do ungido.
Cortella citou Karl Popper, um liberal, para lembrar, com razão, que não devemos ser tolerantes com os intolerantes. Mas atenção! O exemplo de intolerância não é a extrema-esquerda, que quer destruir nossa democracia, que admira os regimes cubano e venezuelano, que aplaude vândalos mascarados que quebram tudo em “manifestações”, que sustenta invasores de terra e propriedade, que acusa de “fascista” todo aquele que não é socialista. Não! Esses são “democratas”.
O intolerante é Jair Bolsonaro. É ele que precisa ser impedido de seguir na política. E como os três debatedores adotam uma forma muito sutil, uma postura adequada, fica-se com a impressão de que são moderados no conteúdo também, que estão defendendo as coisas mais avançadas do planeta. Falam em diversidade e tolerância, mas só cabe nesse círculo a esquerda, seja a “limpinha” mais moderada, seja até mesmo a radical e extremista, que para essa turma nunca é tratada como tal.
Num país que teve o PT no poder por 13 anos, roubando e destruindo nossas instituições, que tem Lula ainda solto, apesar de condenado, e em primeiro lugar nas pesquisas para 2018, com seu enlouquecido e cínico discurso de ódio, que tem um PSOL elogiando até Maduro na Venezuela e sonhando com o invasor Boulos como candidato, que tem “intelectuais” esquerdistas acusando o juiz Sergio Moro de ser ligado à CIA e destilando ódio à classe média “fascista”, nesse país eis que os ícones da tolerância consideram Jair Bolsonaro o principal alvo.
E depois não sabem como a audiência despenca, perdendo para Danilo Gentili…
Rodrigo Constantino
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