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Essa agenda “progressista” já deu o que tinha que dar. Agora o pêndulo exagerou demais da conta e a turma perdeu a noção do ridículo. Essa “identidade de gênero”, por exemplo, de quem insiste que sexo é apenas uma “construção social” e tenta avançar uma casa extra na “marcha dos oprimidos”, é uma das coisas mais patéticas que surgiram nos últimos anos.

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E Luiz Felipe Pondé usou sua coluna desta segunda para alfinetar esses histéricos “inteligentinhos”, mostrando como por trás de todo o discurso de tolerância há nada além de autoritarismo, muito autoritarismo. Diz Pondé:

“Questão de gênero” se transformou numa das maiores chaves de patrulha e violência institucional no mundo dos agentes culturais. E é um passe garantido para conseguir verba e espaço institucional. Quem diz muito “questão gênero” é, muito provavelmente, gente de temperamento autoritário. Faça um teste: olhe o mundo à sua volta. Tente questionar a “questão de gênero” para ver o que te acontece.

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E por quê? Porque a palavra “gênero” hoje, seja na universidade, seja na mídia, seja nas produções culturais, seja nos currículos escolares (logo, logo “menino” e “menina” serão expressões consideradas “opressivas” e trocadas por “meninx”, o máximo do ridículo) reúne duas características muito poderosas: grana para pesquisa e realização de projetos e, portanto, como decorrência, aumento, cada vez mais, de espaço institucional.

[…]

O “barato” na histeria é a repressão sexual. A teoria de gênero é a mais nova forma de repressão sexual instalada na cultura, um neopuritanismo. Não é à toa que repete como um mantra que o homem e a mulher não existem. O sintoma histérico é justamente a negação do “destino do sexo”.

Mas, infelizmente, não vai adiantar falar disso para os psicanalistas porque muitos sucumbiram ao sintoma e “perderam o ouvido”, afogados na histeria que se fez laço social e no seu sintoma, a política histérica.

Concordo com Pondé. Conheço uma turma de “psis” que envergonharia Freud e que aderiu a essa nomenclatura patética. A “vibe” é se sentir “prafrentex”, moderninho, simulando de forma afetada uma tolerância que simplesmente não possui.

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Se essa gente se olhasse no espelho por alguns segundos e lhe restasse um pingo de vergonha na cara, veria a face corar até se avermelhar por completo. O problema é que preferiram avermelhar a ideologia. Aí já viu: deu nisso!

Como diria Ancelmo Gois, só que sobre outros assuntos, meninx é o cacete! Ou é menino, ou é menina. E pensar que constatar essa obviedade ululante virou algo radical de “reacionário”. O mundo está perdido mesmo…

PS: Atacar essa patetice de “identidade de gênero” não é o mesmo que se colocar do lado dos machistas homofóbicos ou agressores de mulheres, como ressalta Pondé. Um tanto óbvio, mas no mundo atual é preciso fazer esse “disclaimer”, como fez o autor: “Que esse povo babaca que gosta de bater em mulher e em gay não pense que, ao criticar os abusos de poder do ‘povo de gênero’, eu esteja me colocando ao lado deles. Quem bate em mulher é homem frouxo”. 100% de acordo.

Rodrigo Constantino