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A mentalidade da carteirada: “Quem você pensa que é para falar mal do Chomsky?”

Ora, Chomsky pode ser um linguista respeitado, mas não fala como linguista, e sim como ativista político. Nesse caso, só fala besteira mesmo. Cada macaco no seu galho.

Não sei se já reparou, prezado leitor, mas não tenho texto algum sobre física quântica no blog. Sabe o motivo? Simples: porque não entendo nada desse assunto. Sou um completo ignorante quando se trata de quarks e coisas do tipo.

É verdade que de vez em quando me aventuro em águas distantes de minha área de especialização, a economia, mas sempre quando sinto que tenho algum conhecimento razoável sobre o assunto, e mesmo assim procuro ser mais humilde nessas horas.

Desde Adam Smith sabemos da importância da especialização. A quantidade de conhecimento disponível é tão grande que ninguém tem como saber de tudo. Por isso é bom ter cuidado quando for opinar sobre temas que fogem da área de atuação.

Chomsky é um completo idiota quando o assunto é política. Ele defendia com paixão Hugo Chávez, e olha aí o resultado do bolivarianismo na Venezuela. Ele acha que os Estados Unidos é uma das piores tiranias do mundo, pois velada, mas segue livre na América para dizer isso e destilar seu antiamericanismo hipócrita e bocó. Ele defende o governo iraniano e odeia Israel, a democracia mais plural e próspera do Oriente Médio. Enfim, o sujeito é um asno político por conta de sua ideologia nefasta, e não há credencial acadêmica que mude esse fato.

Mas mesmo se for para entrar na área de expertise dele, recomendo o livro de Tom Wolfe, seu último antes de falecer, sobre o reino da linguagem, onde desmonta as teses de Chomsky, que ELE MESMO admitiu inconclusivas após décadas de arrogância e celebridade. Ou pesquisar o caso Pirahã de Daniel Everett, citado no mesmo livro. Há vasto conteúdo na rede ou em fontes diretas como Don’t Sleep, There are Snakes do próprio Everett. As teses linguistas de Chomsky parecem também furadas!

Resumo: só idolatram Chomsky porque ele é comuna, assim como idolatravam Oscar Niemeyer pelo mesmo motivo. As credenciais acadêmicas sobre linguagem de um ou as obras arquitetônicas do outro são apenas um pretexto para usar a fama numa determinada área como verniz para a outra, onde só disseram tolices ou defenderam tiranos. Niemeyer, não custa lembrar, era fã do açougueiro Stalin!

Quando alguém pergunta, portanto, quem sou eu para falar de Chomsky, já sei se tratar de um pobre coitado que depende de gurus e é incapaz de raciocinar por conta própria, focar em argumentos, pensar. Nesse caso, merece ter Chomsky como ídolo mesmo!

Rodrigo Constantino

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