Já foram vários textos sobre o assunto, mas não podemos parar. Até porque a esquerda continua insistindo numa narrativa bizarra, asquerosa, expondo sua mentalidade em prol dos bandidos. Essa gente odeia policiais, e não é difícil entender o motivo: flertam com a marginalidade o tempo todo. Essa fala desse vereador esquerdista é um resumo de como chegamos a esse caos atual, com mais de 60 mil assassinatos por ano:
Já o governador Márcio França, que homenageou a mãe policial, fez uma declaração bem mais sensata:
Mas nossa imprensa acaba tomando o lado do vereador imbecil, não do governador sensato. A Folha de SP, após críticas explícitas à atitude da policial, veio com essa lista de como civis e policiais devem agir num assalto. O resumo? Devem cooperar com o pobrezinho, jamais reagir, nunca irritar o sujeito, tadinho!
Vejam a pérola que a Folha soltou: “Quando está armado e percebe que será revistado (por isso há pessoas que defendem que policiais andem desarmados no horário de folga)”. Ou seja, o policial deve deixar sua arma em casa quando de folga, para não ter o risco de precisar reagir a um assalto. Eis a mentalidade doentia desses formadores de opinião!
O caso da BoboNews e da Leilane Naubarth já viralizou, com a enquete mais estúpida já vista na história da mídia nacional. Policiais de folga devem reagir a assaltos? A ironia foi a resposta de quem ficou revoltado, com razão. Um piloto de avião que viaja como passageiro deve deixar o avião cair se o piloto e o copiloto apagarem? Um médico deve deixar o sujeito morrer se estiver de folga?
A repercussão da pergunta idiota foi tanta que a própria jornalista, claramente de esquerda, tentou tirar seu corpo fora e culpar o editor, não sem antes bancar a vítima do “discurso de ódio”:
A jornalista acusou o golpe, mas o alvo principal não foi ela, e sim o próprio canal, que tem destilado um radicalismo de esquerda espantoso. Não é ódio, é indignação legítima, revolta justa, num país em que tanta gente morre vítima de marginais. Só no Rio este ano já morreram 15 crianças vítimas de bala perdida. A vida das pessoas de bem se transformou num inferno por conta desses bandidos.
Mas a preocupação dos jornalistas e vereadores é com a reação da policial, que salvou vidas e matou um verme desprezível que aponta uma arma carregada para crianças e já tinha várias passagens na polícia por crimes graves. E depois vão fazer mimimi nas redes sociais? Poupem-nos!
Ana Paula Henckel escreveu um dos melhores textos sobre o assunto, e recomendo a todos a leitura na íntegra. Segue um trecho:
O que une Heley e Kátia é o senso de dever acima da própria vida, é a recusa de assistir passivamente a crianças em claro risco de vida e cruzar os braços, terceirizando a responsabilidade de ajudar o próximo que é de todos nós. O que separa Heley e Kátia é que a policial tinha treinamento e armamento legal para enfrentar o mal. Duas mulheres admiráveis, dois exemplos, mas apenas um final feliz. Dez crianças morreram queimadas em Janaúba, nenhuma se feriu em Suzano.
Vivo num país em que o cidadão tem a permissão constitucional, sob regras e leis muito claras e bem definidas, de portar uma arma para sua proteção e de sua família. A América tem 50% a mais de habitantes que o Brasil e apenas uma fração do número de assassinatos por cem mil habitantes. Os dados são ainda mais discrepantes quando se divide por cidade, quando fica claro que regiões com leis mais restritivas, do tipo que lembram as do Brasil, não por coincidência possuem índices de violência muitas vezes superiores ao das cidades que respeitam à Segunda Emenda da Constituição.
Mesmo os malabarismos estatísticos ou o sensacionalismo ativista gerado por tragédias em zonas livres de armas não podem esconder os fatos. Onde as Kátias americanas podem proteger a si mesmas e os filhos, há muito menos crimes do que em locais onde as Heleys morrem, junto com suas crianças, desarmadas, desprotegidas e servindo de alvo para criminosos e psicopatas. As mães de Houston, no Texas, dormem mais tranquilas que as de Chicago, Illinois. Cidades parecidas, leis diferentes, resultados quase opostos. Ideologia mata.
Aqui nos EUA, a cabo Kátia Sastre está sendo tratada por todos no noticiário como heroína, uma policial que honrou sua formação e seu juramento de proteger a sociedade. Em nome da sanidade, da moral e do bom senso, prefiro não falar dos comentaristas no Brasil que, de suas torres de marfim com seguranças armados na porta, optaram vergonhosamente por fazer críticas absurdas e insensíveis à ação de Kátia. Mesmo meus amigos californianos mais à esquerda, ao verem o vídeo em que a policial consegue proteger mães e crianças atirando no homicida em potencial, não acreditaram que no Brasil haja debate sobre se ela fez o certo ou não.
O que essa gente tem na cabeça e, principalmente, no coração? Mesmo sabendo que a defesa de teses ideológicas indefensáveis conta pontos em certas redações e jantares, será que não param um segundo para pensar que crianças foram salvas por Kátia, assim como vidas são todos os dias salvas por policiais como ela, numa ação irrepreensível de uma profissional treinada e habilitada para fazer o que fez? Que tipo de gente deixamos invadir parte de nossos jornais e veículos de comunicação? Onde querem chegar com “pesquisas” sobre “se policiais de folga devem reagir a assaltos”? E bombeiros de folga, devem ou não ajudar num incêndio na escola do filho? Pior que notícias falsas, só corações falsos.
Ana Paula também tuitou resumindo o absurdo da coisa:
Não dá para explicar. Não é possível fazer um americano médio compreender a insanidade que tomou conta do Brasil. Que país é esse que quer proteger marginais e criticar os policiais que arriscam a sua própria vida para salvar a de terceiros?
Rodrigo Constantino
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