A palavra “condenação” sumiu do dicionário e foi substituída por “preocupação”. A forte pressão exercida pelo Uruguai impediu que o Mercosul se pronunciasse na sexta-feira de forma contundente sobre a crise política e social que assola a Venezuela. Depois de redigirem um primeiro documento preliminar no qual o bloco reconhecia “a recente expressão popular organizada” pela oposição (a consulta de domingo passado) e solicitava ao governo do presidente Nicolás Maduro que “não realizasse a Assembleia Constituinte no dia 30 de julho, nos termos nos quais foi colocada”, os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai assinaram uma resolução bem mais moderada, na qual não são mencionados o plebiscito opositor e, tampouco, a Constituinte de Maduro.
Até aí chegou o consenso do Mercosul sobre a crise venezuelana. Paralelamente, Maduro e seus opositores foram convidados para uma rodada de consultas em Brasília — embora seu governo não reconheça o de Michel Temer — ainda sem data marcada. Segundo fontes argentinas e uruguaias, não houve acordo para aprovar uma declaração mais dura por pressões do presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez. E nada se faz no Mercosul se não houver adesão de todos os membros.
— Nós, pessoalmente, queríamos uma declaração mais forte — disse o secretário de Relações Internacionais do governo argentino, Fulvio Pompeo.
Mas o Uruguai tem limitações claras. O governo do presidente Vázquez precisa aprovar uma série de projetos no Parlamento este ano e depende do respaldo de toda a governista Frente Ampla, onde a ala comandada pelo senador e ex-presidente José Mujica (2010-2015), simpática ao chavismo, é majoritária.
Mujica?! Aquele senhorzinho descolado, simpático, que “não liga” para poder e dinheiro e tampouco para protocolos, que recebe autoridades com suas unhas nojentas à mostra?! Mujica, que virou ídolo da esquerda bocó, que resolveu acreditar em seu desapego ao dinheiro, no culto ao pobrismo? Mujica, que encantou Pedro Bial durante uma entrevista? Esse Mujica, o fofo, é o responsável pelo Uruguai não condenar a Venezuela, e de tabela o Mercosul também?
Mujica é um socialista, ainda que com fala mansa. É um defensor do regime de Maduro, uma tirania brutal, que já matou dezenas de jovens em protestos. Esse é o guru da esquerda mentecapta, que toma a forma pelo conteúdo, e chama de moderado qualquer radical que faz cara de vovozinho legal (Stalin colocava criancinhas no colo, um fofo!). Mujica é tão asqueroso quanto os seus companheiros comunistas, mas foi capaz de enganar mais trouxas, apenas isso.
No mais, para que serve o Mercosul? Durante o governo petista, ele virou um antro socialista! Serve mais para criar barreiras do que para levar ao livre comércio. E se encontra claramente numa camisa de força ideológica, protegendo comunistas. Por que não acabar logo com essa joça e fechar acordos bilaterais de livre comércio? Na era lulopetista, o Brasil não foi nem rabo de baleia nem cabeça de sardinha na geopolítica; foi rabo de sardinha! Deixou esses países insignificantes do ponto de vista econômico ditarem as regras. Qual foi o ganho para os brasileiros? Nenhum.
E agora vemos o Mercosul servindo de palco para proteger a ditadura socialista de Maduro, com o aval covarde do Brasil. Para piorar, o PT resolveu intensificar seu apoio ao governo assassino de Maduro, e ainda tem alienado que repete por aí que o comunismo acabou, que é besteira falar em direita e esquerda nos dias atuais, e que é pura paranoia de reacionário mencionar o Foro de São Paulo, que tem no Mercosul sua marionete. Que piada!
A América Latina precisa se livrar desse atraso, desse câncer que é o socialismo. Até quando vamos aturar essa corja vermelha ditando as regras?
Rodrigo Constantino