A repercussão da ausência de atores negros no elenco principal da novela Segundo Sol chamou atenção do Ministério Público do Trabalho. Nesta sexta-feira (11), o órgão enviou por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho uma notificação à Globo.
De acordo com esse parecer, a emissora não estaria representando a diversidade racial da Bahia, onde se passa o folhetim. O texto recomenda de que sejam feitas mudanças no roteiro e na produção para “assegurar a participação de atores e atrizes negros e negras de forma que represente a diversidade étnico-racial da sociedade brasileira”.
Também foram sugeridas ações em outros setores, como a realização de um censo para levantamento do número de artistas, e jornalistas negros presentes nas produções globais, além da apresentação de um plano de ações para garantir a igualdade de oportunidades e remuneração.
A Globo tem dez dias para provar ao MP que tomou as medidas recomendadas à novela, e 45 dias para comprovar as outras treze recomendações. Em caso de descumprimento, o MPT pode firmar termo de compromisso de ajustamento de conduta, ou levar o caso à Justiça.
Essa notícia bizarra circulou bastante pelas redes sociais, com o evidente espanto de muitos. Alguns, que têm acompanhado mais de perto os fatos, não chegaram a ficar surpresos, e aproveitaram para criticar a emissora, que estaria experimentando do próprio veneno que costuma destilar, já que se tornou um ícone das ideias “progressistas” no país. A turma do Projaquistão tende a apoiar essas baboseiras, e agora o feitiço se virou contra o feiticeiro.
Mas tudo isso é muito preocupante, assustador, e deveria servir como sinal de alerta para o alto comando do grupo, e também de demais veículos de comunicação. É aquela velha história: hoje ele é o alvo, amanhã poderá ser você, e já não haverá mais ninguém para ajudar. Os “progressistas” da esquerda caviar, da elite culpada, alimentam o monstro que pretende devora-los. E o bicho sai do controle depois…
Só de existir um troço chamado Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho já deveria produzir calafrios em pessoas sensatas. Leiam o novo livro de Thomas Sowell, Discrimination and Disparaties, para perceber o embuste por trás desses discursos ideológicos de discrepâncias salariais com base em grupos identitários.
Que agentes do governo tentem intervir na escolha de um elenco de novela, ainda mais com base em critérios raciais, isso é mesmo algo sombrio, que expõe o grau de doença de nossa sociedade moderna. Que a própria TV Globo seja o alvo da vez é irônico, pois, como disse, ela tem sido uma importante porta-voz dessa turma, e basta ver o espaço que frei David Santos, da Educafro, desfruta nos veículos do grupo.
Se nada for feito agora para reagir a esse absurdo, amanhã teremos o socialismo racial imposto no país pelo governo, que vai decidir em cada iniciativa quanto de “minorias” os empresários e artistas devem utilizar. Já estamos quase lá. E isso nos remete a uma nação escrava de um coletivismo tosco, segregando todos com base em identidades de grupo, não em meritocracia, sem falar da morte evidente do direito de propriedade privada. Isso nos remete, paradoxalmente, ao modelo da Alemanha nazista, mas de sinal trocado.
Rodrigo Constantino
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