A jornalista Míriam Leitão, alinhada ao pensamento de esquerda por toda a vida, relatou que sofreu agressão verbal por parte de delegados do PT durante um voo. Abaixo, alguns trechos do caso:
Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo.
[…]
Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem. Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas.
— Terrorista, terrorista — gritaram alguns.
[…]
Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso.
[…]
Quando me levantei, um deles, no corredor, me apontou o dedo xingando em altos brados. Passei entre eles no saguão do aeroporto debaixo do coro ofensivo.
Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho.
Pois é. Como “brincou” Alexandre Borges, trata-se de uma “classe desunida” essa esquerda mesmo. A própria Míriam Leitão diz que seus agressores não devem ler seu trabalho, pois se lessem, saberiam que ela não é inimiga do partido. E não é mesmo! Ao contrário: vive fazendo concessões indevidas. Vive atenuando a barra desses marginais organizados numa máfia disfarçada de partido. Vive amenizando essa seita ideológica, da qual compartilha muitas coisas.
Para quem não lembra, Míriam Leitão já escreveu um texto contra a “agressividade” de alguns petistas. Mas vejam bem: ela teve que incluir a mim e Reinaldo Azevedo, indiretamente, para bancar a “isentona”. Essa turma sequer é capaz de condenar aberta e diretamente a postura da extrema-esquerda. Precisa incluir no mesmo saco podre a “extrema-direita”. Quem? Eu, um liberal clássico. E Reinaldo, um tucano!
A esquerda representada por Míriam Leitão e a Globo tem culpa no cartório. Fizeram concessões demais ao longo dos anos a essa esquerda radical. Basta notar que seu jornal e sua coluna jamais se referem a essa gente como extrema-esquerda, enquanto basta estar à direita do PSDB, partido de centro-esquerda, para ser chamado de “extrema-direita”. É uma piada!
Notem que até mesmo para relatar o enorme constrangimento pelo que passou, Leitão faz questão de suavizar a barra do PT, precisa dizer que não acha ser o PT isso que viu. Não? Mesmo? Então quando foi que o PT não agiu assim? Quem lembra de Dirceu, ícone do “partido”, conclamando a militância para bater na oposição nas urnas e nas ruas? O alvo era o “ultra-radical” Mario Covas. Claro, um representante da extrema-direita…
João Luiz Mauad, colaborador do Instituto Liberal, comentou sobre o caso: “Minha solidariedade à Míriam Leitão, embora não dê para entender que, mesmo depois de tudo, ela ainda trate o PT com tanta condescendência (isentismo?), a ponto de dizer ‘Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso’. Ora, o PT é um partido de bandidos – o comportamento intolerante de seus delegados em relação a ela é mais uma prova disso – e como tal deve ser tratado”.
Está certo, claro. Mas vai explicar isso para a esquerda caviar, pusilânime, tucana. Vai colocar isso na cabeça de Míriam Leitão, que acha que alguém como eu representa uma intolerância radical da mesma forma que esses petistas. O esquerdismo é a doença infantil do comunismo, disse Lenin. E esses esquerdistas “moderados” só faltam pedir desculpas aos comunistas radicais, no afã de serem aceitos por eles.
Não medem esforços na hora de atacar a direita, qualquer direita. Reagan e Thatcher já são “radicais” demais e merecem os piores ataques. Mas o PT, o PSOL, essa cambada de extremistas defensores da Venezuela, esses merecem “respeito”. Ora, se liga, Míriam Leitão! Você ajudou a plantar as sementinhas dessas plantas carnívoras que agora querem te devorar. Você e a Globo, que vive dando espaço para essa turma radical na esperança de não ser mais acusada de “golpista”. E quanto mais espaço cede, mais é atacada. Claro: a tática está funcionando.
Até quando vocês vão tolerar os intolerantes em nome de uma suposta “imparcialidade”, sendo que todos já sabem que vocês são mesmo é de esquerda? Na hora de demonizar o regime militar, bancar a vítima esquecendo que era uma comunista que sonhava em implantar no Brasil o regime cubano, aí vem aquela coragem toda, não é mesmo? Mas na hora de chamar os marginais do PT de marginais, e condenar o “partido” todo, que dá abrigo a eles e que considera heróis os piores, aí vem cheia de dedos, com receio, com melindre?
Jones Rossi, na Gazeta, apontou para outro lado obscuro da coisa: o silêncio das feministas. Mas Míriam Leitão não vive, ela mesmo, enaltecendo a “cartada sexual” e falando das “conquistas femininas”? E agora, o que dizer desse silêncio ensurdecedor das feministas? Não está claro que são socialistas acima de tudo, petistas, e não defensoras das mulheres? Disse Rossi:
Não é a primeira vez que militantes de esquerda — que gostam de posar de progressistas e defensores dos direitos das mulheres — ameaçam mulheres indefesas. Em maior número, já fizeram isso com a blogueira cubana Yoani Sánchez por onde ela passou pelo Brasil. Por se opor ao governo de Fidel Castro, ela foi recebida com protestos e tumultos em todos os lugares onde foi chamada a dar seu testemunho sobre a ditadura cubana.
Mais recentemente, na segunda-feira da semana passada (05), Thais Godoy Azevedo, que edita a página “Moça, não sou obrigada a ser feminista” foi chamada a participar de um debate na Universidade Federal de Goiás (UFG). Não conseguiu. O debate foi interrompido por agressões verbais e uso de caixas de som para atrapalhar a palestra. O evento foi cancelado e levou Thais a ser escoltada para fora da instituição.
Em nenhum desses casos, houve apoio dos vários coletivos feministas que existem no Brasil às agredidas. Aparentemente, a sororidade no feminismo só vale para as mulheres que tiverem a ideologia “correta”. No caso, de esquerda.
Eu acrescendo: de extrema-esquerda! Porque de esquerda Míriam Leitão certamente é. Mas não o suficiente, pelo visto. Será que ela vai rever seus conceitos agora, sobre o PT e sobre as feministas?
Se eu sinto pena da jornalista? Eu sinto pena das milhões de vítimas do petismo, que talvez, apenas talvez poderiam ter sido poupadas se jornalistas como Míriam Leitão tivessem sido bem mais firmes ao condenar essa seita radical, essa máfia, essa extrema-esquerda lá atrás. A esquerda “moderada” ajudou a criar esse monstro que agora quer engolir a todos, inclusive os velhos companheiros de luta…
Rodrigo Constantino
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