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Deve ser duro para o ministro Sergio Moro ter de aturar o showzinho patético dos cúmplices ou companheiros daqueles bandidos que mandou para a cadeia. Mas é o preço a ser pago por ter deixado de ser juiz e se tornado ministro de governo. A politização de sua atuação era inevitável, e o site esquerdista The Intercept deu a senha para os chacais.

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Estamos há mais de uma semana reféns de mensagens supostamente trocadas entre o então juiz e colegas da Força Tarefa três anos atrás, sem qualquer perícia, obtidas de forma criminosa e divulgadas com evidente manipulação por um blog ultraesquerdista, a conta gotas e de forma sensacionalista. E é isso que tem ditado o tom do debate.

Senadores que apoiam o ex-presidente Lula, comprovadamente corrupto e hoje cumprindo pena após sentença referendada por instâncias jurídicas acima do juiz Moro, aproveitaram a oportunidade para atacar Moro e a Lava Jato, como se o grande escândalo fosse um juiz “parcial” que conversou com procuradores, e não um hacker invadir conversas privadas de um ministro da Justiça.

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Foram mais de 200 acusados de vários partidos, como lembrou Moro, inúmeras condenações, bilhões devolvidos aos cofres públicos, e teve senador insinuando que as punições deveriam ser anuladas com base nesse material suspeito divulgado pelo ativista de extrema-esquerda Glenn Greenwald.

Ao menos não faltaram senadores apoiando publicamente o trabalho do então juiz e atual ministro, elogiando sua coragem, sua correção, seu esforço para cumprir sua função, com resultados excelentes no combate à corrupção no país.

Sergio Moro, em geral, se saiu bem, foi firme porém calmo, rebateu acusações injustas, explicou a normalidade da situação, não tentou bancar o herói em momento algum, enalteceu o trabalho institucional do qual foi apenas uma parte, demonstrando humildade. E isso, cá entre nós, o torna ainda mais heroico!

Rodrigo Constantino

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