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Edson de Godoy Bueno, de 74 anos, o fundador ex-dono do grupo Amil, morreu após passar mal, na manhã de hoje, durante uma partida de tênis, em Búzios, no Região dos Lagos do Rio. Ele sofreu um infarto.

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O Hospital da Amil, no Rio, chegou a ser preparado para receber Edson. Ele seria levado de helicóptero, de Búzios ao Rio, e faria uma angioplastia de emergência. Mas não deu tempo.

Em 2012, Bueno vendeu a Amil por R$ 10 bilhões para a UnitedHealth, a empresa americana. E, em fevereiro de 2014, tornou-se controlador do grupo Dasa, dono dos laboratórios Delboni Auriemo.

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Edson Bueno ocupava a 22º posição na lista dos brasileiros mais ricos do país, segundo a última edição do ranking da “Forbes”.

Lamento o ocorrido e presto minhas condolências aos familiares e amigos, muitos dos quais conheço bem. Edson foi um ícone do empreendedorismo brasileiro, e merece todo reconhecimento por isso. Já li um livro interno da Amil com sua história de vida resumida, e fiquei impressionado.

O que mais me chamou a atenção foi sua determinação em vencer na vida. Cursando medicina, o que já não é moleza, e sem recursos, Edson dividia um apartamento com vários colegas em Copacabana. Ele era o último a dormir e o primeiro a acordar, até porque sua cama ficava no caminho da porta.

O sonho de deixar um legado, uma marca, movia o jovem empreendedor, que construiu um verdadeiro império. Casos como o seu deveriam se tornar livros, filmes, para enaltecer o papel daqueles que criam riqueza e empregos. Mas o brasileiro costuma valorizar mais aqueles que distribuem riqueza por meio do estado, normalmente abocanhando um naco gigantesco como pedágio.

Em que pesem suas declarações infelizes na era petista, defendendo até a “presidenta”, provavelmente de olho em mitigar os riscos regulatórios num país com legislação insana que torna todo empresário refém, Edson merece o reconhecimento de todos por seu papel no progresso do país. Não descansou após a venda da Amil e continuava ativo, investindo, empreendendo, mirando no crescimento de seus negócios, o que só seria possível gerando valor para os consumidores.

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Fica aqui minha singela homenagem a esse gigante do empreendedorismo nacional, que já foi um mantenedor do Instituto Liberal, do qual sou presidente do Conselho. Esses são os valores que defendemos: empreendedorismo, livre mercado, meritocracia. Infelizmente, continuamos muito longe dessa realidade, pois o governo concentra um poder absurdo e arbitrário em mãos, colocando contra a parede todo aquele que quer produzir riqueza.

Precisamos de menos governo, e de mais empreendedores com a capacidade e a determinação de Edson Godoy. Que descanse em paz.

Rodrigo Constantino