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Motorista de Uber teria sido morto a facadas por travesti em SP

O crime aconteceu na esquina da Alameda dos Tacaúnas com a Avenida Indianópolis, conhecida por ser ponto de prostituição. De acordo com as primeiras informações, o grupo teria jogado pedras no carro. Felipe desceu e foi esfaqueado no peito e na perna.

A 600m do local do crime, outro motorista de aplicativo de Uber foi esfaqueado em janeiro (também por travestis).

Quer dizer que travestis não são todos como aquele personagem da novela de Glória Perez, legais e bonzinhos? Quer dizer que travestis também podem ser assassinos?

A pergunta é retórica: claro que todos nós sabemos, no fundo, que qualquer um pode ser assassino, independentemente da classe social, do sexo, da “raça”. Quem mata é sempre o indivíduo. Mas a pergunta serve para mostrar o eterno duplo padrão da esquerda.

Quando é o contrário, quando um travesti é a vítima do crime, a atenção é bem maior, o vitimismo com base no grupo é total, as ONGs e os movimentos LGBTXYZ ficam bastante atiçadas, e tudo isso fica logo estampado na manchete. Mas quando o travesti está do outro lado, cometendo o crime, aí a coisa muda completamente.

É porque o mundo pós-moderno politicamente correto foi dominado pela “marcha das minorias oprimidas”, pela “revolução das vítimas”, e o código de conduta demanda uma extrema seletividade na hora de divulgar notícias e demonstrar revolta.

Em resumo, quando dá para pintar travesti, gay, mulher, negros, índios e muçulmanos como vítimas, todo esforço vai nessa direção e o alarde é enorme; mas quando algum desses é o vilão na narrativa, ainda por cima se a vítima for um homem branco, aí o omertà mafioso se faz presente.

O motorista morreu esfaqueado numa zona de prostituição, sempre considerada perigosa. Ou seja, no submundo da prostituição, especialmente no meio das ruas e envolvendo travecos, há muitos crimes, pois é “terra sem lei”. Há também disputa de território, cafetão irritado com alguma traição ou cliente arrependido que precisa apagar as evidências de seu fetiche.

Tudo isso ajuda a explicar muitas mortes de travestis. Mas atenção! Nada disso entra na narrativa quando é para incluir todas as mortes de travestis como prova de “homofobia” ou “preconceito”. Aliás, há muita morte no Brasil, ponto. Mais de 60 mil homicídios por ano! Não obstante, já vi “especialista” usando números absolutos de mortes de travestis, em jornal de grande circulação, para “comprovar” o preconceito vigente no país. Chama-se manipulação, desonestidade, canalhice.

Mas não importa. A turma “progressista” está em campanha, e os travestis e transgêneros são as novas vítimas preferidas do momento. Precisam ser pintadas sob as luzes mais belas e românticas, para que a elite do GNT people se sinta descolada, isenta de preconceitos, moderninha. E aí todos passam a achar que tudo que é travesti é gente fina como Nonato (ou Elis Miranda, dependo da hora do dia), que só quer vestir sua roupa de mulher, dançar e ser feliz, e que a novela vai ajudar a reduzir a matança de transformistas.

Até que um deles, ou uma delas, enfie a faca na barriga do motorista de Uber. Nesse momento o assunto muda, os engajados passam a falar do frio, e vida que segue. É preciso salvar a narrativa…

Rodrigo Constantino

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