Por José Maria e Silva, jornalista de Goiânia
Vejam a que pontos chegamos. O MST invadiu, hoje, a sede do Grupo Jaime Câmara, o maior conglomerado de comunicação do Centro-Oeste, com filiais também no Tocantins. O grupo é dono do jornal “O Popular”, o maior do Centro-Oeste e o mais tradicional de Goiás, e também do jornal “Daqui”, o sétimo jornal de maior circulação do país. Além disso, é dono de uma rede regional de TV, capitaneada pela TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo – motivo pelo qual a sede do grupo foi invadida pelo MST.
O jornal “O Popular”, carro-chefe dos jornais impressos do grupo, divulgou agora à noite em seu site uma matéria referente à invasão. A referida matéria narra a invasão do MST e, buscando ser imparcial, reproduz as palavras de ordem pichadas e gritadas pelo grupo de 70 invasores: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”; “Rede Esgoto fora”; “Não vai ter golpe”; “Globo e ditadura de mãos dadas”.
Até aí, tudo bem: o jornal cumpriu o seu compromisso de bem informar seus leitores, contando o que aconteceu. Mas o absurdo dos absurdos é que a matéria deu a palavra somente para os invasores, ao reproduzir literalmente suas palavras de ordem, mas não ouviu ninguém da direção da empresa para fazer o contraponto – obrigação básica de qualquer matéria jornalística. É como se o Grupo Jaime Câmara concordasse com tudo o que o MST pensa da Globo.
É óbvio que alguém da direção da empresa tinha que se posicionar na matéria, repudiando o ato de depredação de propriedade privada e afirmando o compromisso do Grupo Jaime Câmara e da própria Rede Globo com os fundamentos da liberdade de expressão. Afinal, a Globo e suas afiliadas sempre deram espaço – por sinal, excessivo – a esse tipo de ação terrorista do MST e de outros grupos de esquerda, como o Movimento Passe-Livre, todos eles agindo com máscaras no rosto, o que já lhes tira toda e qualquer razão que pudessem ter.
Ao se calar diante de um ato tão bárbaro e tão despropositado, o Grupo Jaime Câmara mostra que as pessoas e as instituições de bem neste país estão acuadas e o banditismo está no poder. Já se pode mudar o lema da Bandeira do Brasil para “Desordem e Retrocesso”. Se alguém tem alguma dúvida, repare em outro detalhe absurdo da matéria: “Após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou o ato”. Ou seja, hoje, invadir e depredar propriedade pública ou privada é um direito social das minorias de esquerda. A polícia não pode reprimi-los: pelo contrário, lhes dá proteção e segurança para aterrorizar terceiros.
Confiram, abaixo, a matéria do jornal “O Popular”:
Integrantes do MST invadem sede do Grupo Jaime Câmara
Manifestação ocorreu na noite desta terça-feira (8). Além de invadir o local, grupo pichou prédio e gritou palavras contra a Rede Globo
08/03/2016 – 20:56 – O Popular – Goiânia
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) invadiram, na noite desta terça-feira (8), a sede do Grupo Jaime Câmara, que abriga veículos como TV Anhanguera, os jornais O Popular e Jornal Daqui, e a rádio CBN.
O grupo, com cerca de 70 pessoas, pichou paredes da empresa e fez gritos de protesto contra a Rede Globo, da qual a TV Anhanguera é filiada. Imagens e fotos da ocupação estão circulando pelo WhatsApp.
Frases como “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” foram gritadas pelos participantes. Nas paredes, foram pichadas mensagens como “Rede esgoto fora”, “Não vai ter golpe” e “Globo e ditadura de mãos dadas”. Não houve confronto.
O ato atende a orientação da direção nacional do MST para que agrupamentos locais realizassem manifestações nas sedes regionais da Globo. Há relatos de ações em outros estados, mas a única invasão registrada até o momento foi a ocorrida em Goiânia.
Após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou o ato.
Segue link da matéria, onde há fotos dos mascarados do MST e um vídeo da invasão:
Nota do blog: Gostaria de poder dizer “bem-feito”, pois sabemos como os responsáveis pela grande imprensa permitiram ou até incentivaram esse tipo de coisa. Novelas que glamourizaram o MST, entrevistas com senhoras simpáticas como se falassem em nome dessa organização fascista-marxista e criminosa, jornalismo enviesado que sempre aliviou a barra da esquerda radical. Onde estavam os donos desses veículos de imprensa para impor outra postura, para impedir que suas redações e novelas fossem tomadas por comunistas e simpatizantes? Se o MST fosse retratado como o que realmente é desde o começo, hoje nem mais existiria. Mas a grande imprensa deixou o monstro crescer, o embrião das Farb, como os colombianos possuem as Farc, desenvolver-se. E eis que temos marginais agindo impunemente como se fossem os donos do pedaço, como se pudessem simplesmente invadir uma empresa e determinar o que ela faz. Sem as devidas punições! É algo tão bizarro, tão absurdo, que nem Ayn Rand poderia imaginar em sua obra de ficção algo dessa natureza. Gostaria, como disse, de esfregar um “bem-feito” na cara desses empresários pusilânimes, mas não posso, pois é nosso país que está indo para o ralo por conta dessa negligência. O Brasil estará totalmente perdido se não reagir com firmeza a esses fascistas vermelhos! E aproveito para perguntar: onde está a Fox News do Brasil?
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