Eurípedes Alcântra não está mais no comando da edição de VEJA. Em seu lugar, André Petry, com sua visão de mundo bem mais “progressista”. Para mostrar a importância dessa mudança, basta dizer que o Brasil171 lamentou quando Petry, no passado, deixou a revista, alegando que ela se tornava conservadora demais, e celebrou sua promoção de agora. Leonardo Attuch é da “turma do pixuleco”, para quem não lembra.
É o fim. VEJA não é mais a mesma. Primeiro foi minha saída, e logo depois a de Joice Hasselmann. A motivação política era suspeita, mas tudo bem. Eu mesmo escrevi uma carta de despedida elogiosa, e quando saiu a Joice e meus leitores falaram em cancelar a assinatura, fiz uma campanha para que a mantivessem.
Mas depois minhas suspeitas só aumentaram, com páginas amarelas com socialistas, mais anúncios de estatais e uma capa patética sobre juventude hedonista que não quer “escolher” a preferência sexual. Gravei um vídeo expondo minhas preocupações e fazendo um alerta:
Agora já era. É “game over”. Concordo com a análise e decisão de meu amigo Alexandre Borges:
Veja: sai Eurípedes Alcântara, entra André Petry no comando. O que posso dizer a vocês é que infelizmente tudo que temíamos sobre a revista vai acontecer.
Preparem-se para mais capas como aquela das meninas bissexuais ao estilo Marie Claire e menos combate ao PT. Sobre a política americana, vai ficar tão esquerdista e democrata quanto o resto da imprensa. Não há mais um único veículo da grande imprensa que fará uma cobertura minimamente equilibrada sobre a eleição nos EUA.
Vou continuar lendo e compartilhando os textos dos meus amigos que eu admiro no site da Veja.com, mas estou me despedindo da revista impressa. Foi uma relação de décadas mas chegou ao fim.
Vocês sabem o quanto eu resisti a entrar no barco dos apocalípticos em relação à revista, mas joguei a toalha. Cancelei minha assinatura depois de uns 20 anos e vida que segue. Sem a Veja.
É com muita tristeza que digo o mesmo. Estou bastante preocupado com a imprensa brasileira. No momento em que o PT definha, em que o próprio Lula consegue apenas ser alvo de panelaço e corre o risco de ser preso, justamente quando era para todos irem à jugular dessa quadrilha para limpar o Brasil desse bolivarianismo socialista, a revista mais combativa e independente sinaliza que quer ficar mais à esquerda, que quer posar de mais “moderada” para agradar petistas e seus companheiros. Como assim?
Onde está a Fox News do Brasil? Onde está o WSJ do Brasil? Onde está a National Review do Brasil? Precisamos urgentemente de um canal mais conservador nos costumes e liberal na economia! A direita precisa ter sua voz ouvida, para que o público não fique refém de uma hegemonia de esquerda. O contraditório só pode ser encontrado, hoje, nas redes sociais, em alguns blogs independentes.
Sem isso, a visão do leitor sobre aborto, drogas, clima, paternalismo, “minorias” e religião terá somente um lado. O lado que tem jogado o mundo num relativismo moral assustador, no caos social. Há uma enorme demanda reprimida a ser ocupada por quem tiver a sabedoria e a coragem de empreender nessa área. Os liberais-conservadores estão totalmente órfãos de um veículo de imprensa que lhes dê mais espaço e voz…
Rodrigo Constantino