Não se fala de outra coisa: pesquisa do Datafolha mostra Marina Silva, do PT, digo, da Rede, como candidata favorita em 2018, caso a eleição fosse hoje. E o segundo lugar? Ele mesmo, o Brahma, o Chefe, o líder máximo da organização criminosa que tomou o estado brasileiro de assalto na última década, ninguém mais ninguém menos do que Lula. É mole ou quer mais?
Reinaldo Azevedo já se precipitou numa análise estranha que culpa a “direita burra” pelo retorno do Guia. Discordo. Acho, primeiro, que devemos desconfiar, e muito, de qualquer pesquisa do Datafolha, cujo histórico de erros é impressionante. Se Lula é líder na pesquisa do Datafolha, o Datafolha é líder em bolas fora entre os institutos de pesquisa.
Foram entrevistados menos de 3 mil pessoas, e outras pesquisas espontâneas, como a do Yahoo na internet, dão um resultado bem diferente, com muito mais peso para Jair Bolsonaro, por exemplo. Não podemos esquecer que o Datafolha vem errando tudo, e com método: sempre dando mais peso para a esquerda nas pesquisas.
Em segundo lugar, parte da explicação é simplesmente o recall do nome, e o fato de que Lula ainda é defendido por essa parcela um tanto estável de dementes e crápulas, que sempre deu ao PT esse patamar de 25%. Para essa turma, Lula poderia ser visto num vídeo matando uma criança inocente que não importaria. Estão com ele, no matter what.
Mas podemos ver o copo meio cheio também: 3 em cada 4 brasileiros não estariam dispostos a votar em Lula. Talvez estivessem dispostos a votar em Marina. E aqui o copo aparece meio vazio. E com líquido podre dentro. Como pode alguém defender Marina Silva depois de tudo, de sua longa trajetória no PT, de sua afinidade com a extrema-esquerda, com o MST, de sua postura contra o impeachment de Dilma, de seu silêncio ensurdecedor sobre as maracutaias dos “ex”-colegas?
A Rede se mostrou apenas uma linha-auxiliar do PT, como o PSOL e o PCdoB. Tudo farinha do mesmo saco podre. Acho que as pesquisas estão erradas, para não variar, e que nessa altura do campeonato são insignificantes. Mas não deixa de ser assustador saber como políticos como Marina Silva ainda conseguem ludibriar tantos iludidos por aí, mesmo depois do que a esquerda fez no poder.
O Brasil parece ter mesmo uma vocação para o fracasso, ser o eterno país do futuro. Mas vamos mudar isso. Estamos lutando contra forças poderosas, contra uma cultura equivocada, interesses organizados. Ninguém achava que seria fácil. Os riscos permanecem. Só que sou otimista, apesar de tudo, de bater aquele desânimo quando vemos pesquisas como esta. Não será Lula, nem Marina Silva, muito menos Ciro Gomes a vencer em 2018.
E graças em boa parte ao persistente combate dessa “direita burra” que cansou de apanhar calada, e que não aceita contemporizar com os tucanos covardes ou cúmplices dessa esquerda jurássica.
Rodrigo Constantino
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