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“Não vamos nos levar tão a sério”, diz diretor de Wagner Moura. Quisera eu fosse assim!

A matéria de capa da Ilustrada na Folha hoje é sobre o primeiro filme de Wagner Moura em Hollywood, ao lado de Matt Damon (ícone da esquerda festiva americana). Considero Moura um ótimo ator, mas de cabeça-oca. Já mostrei isso aqui.

Ao término da matéria, o diretor Neill Blomkamp diz: “Gosto que meus filmes sejam vistos, mas essa não é minha preocupação. Não são os filmes-pipoca hollywoodianos que vão mudar a vida de alguém. Não vamos nos levar tão a sério”.

Ouso discordar. Para o bem ou para o mal, os filmes-pipoca de Hollywood exercem forte influência na cabeça de muita gente. Infelizmente, de uns anos para cá se trata de má influência.

Esses filmes são retratos da cultura, do “espírito do tempo”, que reforçam ou rejeitam valores disseminados na sociedade. Superman, por exemplo, era o herói americano, em luta contra as forças do mal, com seus poderes invencíveis. Simbologia evidente.

Hoje, temos, na maioria dos casos, filmes que retratam pejorativamente os valores tradicionais que fizeram dos Estados Unidos a potência que são. Os militares são vistos por ótica negativa, os americanos são responsáveis pelos males mundo afora, não há motivo algum para ter orgulho da trajetória da nação. Isso tem impacto, claro.

Tanto acredito nisso que escrevi um livro inteiro, grande, sobre o tema. Trata-se de Esquerda Caviar, que será lançado no final de outubro pela Record. Os artistas e “intelectuais” não devem ser vistos como inofensivos em sua estupidez e seu proselitismo. São nocivos, e ainda mais quando são tomados por inofensivos. Segue um pequeno trecho do meu livro onde explico melhor o ponto:

Alguns podem pensar que não vale a pena pegar no pé dessa gente, que eles são inofensivos. Discordo veementemente. A influência das ideias nos rumos da Humanidade não pode ser subestimada, e esses artistas e intelectuais famosos conferem credibilidade a regimes nefastos. Na era da internet, o efeito é ainda mais poderoso, por ser viral.

Quem dava a devida importância aos artistas como instrumentos de propaganda comunista era o próprio ditador Lênin. Ele chegou a afirmar que, “de todas as artes, para nós a mais importante é o cinema”. Grigori Zinoviev, líder do Comintern, declarou que os filmes podem e devem se tornar uma poderosa arma da propaganda comunista.

De fato, há muita gente que “aprende” história com as “patricinhas de Beverly Hills”, confundindo o proselitismo dos cineastas com fatos históricos. Hollywood foi amplamente aparelhada pelos vermelhos, como prova a farta documentação a respeito. Não deveria ser assim, mas o que os artistas famosos falam sobre política acaba tendo influência nos mais leigos. 

A vitória de Barack Obama nas duas eleições contou com um enorme aparato ligado às celebridades, uma verdadeira máquina de propaganda política. Inúmeros atores e cantores famosos foram mobilizados para “vender” o sonho utópico de que tudo seria completamente diferente com a chegada do “messias” à Casa Branca. Por isso mesmo, expor o abismo entre discurso e prática torna-se fundamental para reverter o estrago causado por eles.

Portanto, não venham para cima de mim com essa falsa modéstia. Vocês, ícones da esquerda caviar, sabem muito bem que seus filmes influenciam muitas pessoas. Por isso mesmo colocam tanto esquerdismo barato neles. É um poderoso instrumento ideológico a serviço de gente muitas vezes sem escrúpulos (maioria), ou apenas equivocada (minoria).

Vocês podem não se levar tão a sério. Eu levo, pois vejo o estrago que causam em muitas mentes, especialmente os mais jovens. O antídoto contra esse mal vem em forma de livro, em breve. Aguardem no local, ou então peçam para sair!

 

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