Por Alexandre Borges, publicado pelo Instituto Liberal
Com 8 anos, Jack Bonneau criou uma banca de limonadas, agora com 10 a Jack’s Stands já é um sucesso. Vejam a cara de infeliz no menino.
Jack é aluno do Young Americans Center for Financial Education, uma instituição especializada em educação financeira e empreendedorismo para crianças. O curso é ligado ao Young Americans Bank, de Denver, que fornece o capital inicial para empreendedores mirins como Jack Bonneau, que continua estudando normalmente enquanto desenvolve seu negócio.
Já no Brasil, criança é proibida de ter qualquer atividade que se pareça com trabalho, como no caso dos meninos do Clube Caiçaras no Rio que exerciam a função de boleiros nas quadras de tênis. As crianças recebiam alimentação, aprendiam o esporte e ganhavam dinheiro. Entre salários e gorjetas, podiam levar mais de R$ 1 mil por mês pra casa, muitas vezes a maior renda da família. O Clube ainda fazia um controle das notas das crianças no colégio.
O Ministério Público do Trabalho não quis conversa: proibiu o programa e mandou as crianças para as casas de doutrinação apelidadas de escolas em que seus professores terão oportunidade de explicar para eles que estão sem dinheiro por culpa da elite que foi proibida pelo MP de dar trabalho, dinheiro e treinamento para eles. Vão aprender também ideologia de gênero, educação sexual, dançar funk e ter aulas de como odiar o capitalismo malvadão enquanto ganham tempo de sobra para engravidar ou traficar.
Jack Bonneau ajuda a explicar os EUA, assim como o Ministério Público do Trabalho serve para mostrar porque o Brasil é um país que tem raiva do empreendedorismo, das atividades produtivas e é um país tão hostil aos investimentos e negócios. Mas não é só isso.
A disciplina e a ética do trabalho são também uma parte importante dar formação moral de crianças como Jack Bonneau, que entenderão o que é servir, ter responsabilidade, horário, respeito e como o sucesso na vida deve vir da prestação de bons serviços ao público, que retribuirá se tornando livremente consumidor de seus produtos.
O subdesenvolvimento não é uma obra do acaso nem cai do céu, é um trabalho competente e diligente de uma classe de sanguessugas antiliberais, antimercado e antitrabalho, mas, principalmente, anti-Brasil.
Nota do blog: morando há quase um ano nos Estados Unidos, posso atestar essa diferença. Outro dia mesmo estava passeando com os cachorros quando vi três vizinhas, com seus 7 ou 8 anos, vendendo limonada numa mesinha montada em frente à casa. O preço unitário era de apenas um dólar. Pedi duas, e vocês precisavam ver a cara de felicidade delas! Uma saiu gritando “money, money”. Para um “intelectual” socialista, seria a visão do inferno. Uma elite materialista e egoísta, diria. Para mim, um liberal, vejo apenas uma pré-adolescente aprendendo que dinheiro não cai do céu, vendo que é preciso trabalhar para se sustentar, e que quando o dinheiro vem por um serviço prestado que deixa o cliente feliz – a limonada estava ótima – isso é mais do que legítimo; isso é louvável!
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