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Necessidade de convocar Exército é sinal de que marginais de esquerda foram longe demais
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A reportagem em destaque no site do GLOBO neste momento é sobre a convocação das Forças Armadas pelo governo Temer ontem em Brasília. O jornal chama a atenção, com base em “especialistas” (e eles sempre aparecem para confirmar uma narrativa prévia), que tal convocação seria “sinal de governo vulnerável”, e que o decreto federal “simboliza perda de legitimidade do presidente”. Será?

Nem precisamos entrar no mérito da fraqueza de Temer: se já era um presidente tampão frágil, depois do áudio com as conversas nada republicanas com Joesley Batista ficou ainda mais insustentável, como já defendi aqui. Mas calma lá! Se aceitarmos essa narrativa sempre que alguns marginais forem mobilizados pela extrema-esquerda para tocar o terror no país, o Brasil nunca mais terá outro governo que não o do PT!

Afinal, sabemos que são os petistas que controlam essa turba de vândalos, que os próprios senadores do “partido” resolveram convocar esse exército paralelo movido à mortadela, e que seus braços violentos se vangloriaram das ações terroristas desta quarta-feira, como um dos principais deles, Guilherme Boulos, fez questão de expressar em sua página:

Ou seja, pelo visto a linha editorial do jornal carioca está bem de acordo com a narrativa dos bandidos da extrema-esquerda, o que deveria ser um sinal de alerta para os donos do veículo. Claro que tudo o que os petistas queriam era essa convocação, e o presidente do “partido”, Ruy Falcão, já foi logo falar em “anos de chumbo” da ditadura. Mas havia outra alternativa?

Uma manchete mais sincera seria mais ou menos assim: “Convocar o Exército é sinal de que os marginais do PT foram longe demais”. Pois quem tinha olhos para enxergar, viu como a massa de manobra extrapolou, colocando fogo em prédios públicos, avançando sobre policiais e depredando tudo em volta. Como reagir? Como restabelecer a ordem?

Reparem que no mesmo site há destaque para outra notícia, dessa vez sobre o Reino Unido, onde o Exército também tomou as ruas. Mas isso não foi visto como sinal de fraqueza do governo de Thereza May, e sim como uma reação natural ao atentado terrorista em Manchester e a ameaça de novos ataques:

Ora, se os britânicos precisam conviver com o terror islâmico, nós brasileiros temos que conviver com o terror petista. Permitir que uma minoria insignificante em termos relativos à população possa mandar no país na marra, com base na violência e na intimidação, é permitir o caos. Em pouco tempo seremos como a Venezuela, com seus milicianos seguindo ordens de Maduro para preservar a tirania, ainda que matando pessoas nas ruas.

Essa turma é criminosa, e isso está bem claro. Mas os “formadores de opinião” preferem atacar Temer, em sua campanha política, em vez de mostrar o absurdo da ação terrorista da extrema-esquerda. Isso é inaceitável, é brincar com fogo, chocar o ovo da serpente. Ao menos nem todos adotaram esse tom. A Gazeta do Povo, por exemplo, trouxe uma reportagem explicando a decisão tensa, porém necessária, do presidente:

“Horrorizado” com a “a ação criminosa” de manifestantes que atearam fogo no Ministério da Agricultura com os funcionários lá dentro, e muitos destes servidores telefonando, “desesperados”, para os gabinetes do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer decidiu decretar o emprego de homens das Forças Armadas para “conter a barbárie”.

Em reunião de emergência em seu gabinete, Temer, que já havia ouvido as preocupações do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu que as tropas federais deveriam ser imediatamente empregadas para “garantir a segurança das pessoas que estavam ameaças” e do “patrimônio público que estava sendo destruído pelos manifestantes”, “já que a Polícia Militar do Distrito Federal “não conseguiu conter os protestos”.

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, Temer decidiu pelo emprego das Forças Armadas “diante da gravidade da situação e porque a Força Nacional não tem homens suficientes para proteger tantos prédios de imediato e a vida das pessoas”. Por tudo isso, emendou, houve a necessidade de decretar o uso das tropas, entre 24 e 31 de maio, para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Jungmann lembrou que esse mesmo instrumento foi usado nas Olimpíadas, Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, por várias vezes, no Rio Grande do Norte, por duas vezes e em Pernambuco. Jungmann ressaltou ainda que a Polícia Militar do DF não conteve a confusão. “As pessoas estavam encurraladas e com ameaça às suas vidas”, declarou ele.

Com o agravamento da situação na Esplanada dos Ministérios, uma reunião de emergência foi convocada por Temer, que conversou com Rodrigo Maia, que havia lhe telefonado falando de sua preocupação com a segurança da Câmara. A decisão de Temer pela GLO foi tensa e, para optar pelo caminho “mais difícil”, o presidente ouviu opinião de pelo menos cinco ministros. “Foi uma decisão muito difícil”, comentou um consultado por Temer. O ponto crucial para o presidente Temer na tomada da decisão foi a notícia de que os manifestantes colocaram fogo em prédios com pessoas dentro, aterrorizando-as.

Pergunto: diante dessas informações, das cenas chocantes que vimos, como conter a barbárie em curso? Como preservar a ordem e o patrimônio público, além das vidas humanas, diante da ameaça de uma legião descontrolada, soltando o inferno sobre Brasília? Isso é mesmo sinal de vulnerabilidade do governo ou da inconsequência dos organizadores da “manifestação”?

São criminosos! Digo mais: são terroristas! Mas alguns “formadores de opinião” acham que convocar as Forças Armadas nessas circunstâncias é um absurdo, é sinal de um governo vulnerável, não de que marginais tomaram conta do país e querem governar no grito, à força, com o uso de violência. Depois, quando o Brasil virar a Venezuela, não vai adiantar mais a família Marinho lamentar e pedir “diálogo”…

Rodrigo Constantino

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