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Sensacional esse curto vídeo de Fernando Holiday, do Movimento Brasil Livre, sobre o tal do “negralismo”, um novo “movimento” que surge pela dissidência de mulheres negras tanto dos movimentos negros como feministas. É uma coisa que, se não fosse a era da marcha dos oprimidos conquistando mais e mais poder, seria hilária! Vejam:

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Holiday, como se sabe, é apenas um membro da elite branca opressora capitalista que… ops, um momento! O rapaz é jovem e acumula grau triplo quando se trata de “minorias”: é negro, pobre e gay. E agora, caramba? Já sei: ele é um traidor lacaio dos brancos opressores da elite que fizeram lavagem cerebral no rapaz, que se recusa e viver do vitimismo mesmo podendo alegar prioridade na fila…

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Em Esquerda Caviar, dediquei um longo capítulo às “minorias”, e terminei com uma provocação satírica que, quem sabe?, ainda se mostrará profética:

Encerro esse capítulo com uma reflexão politicamente incorreta, claro. Imagine uma pessoa que representasse tantas minorias, mas tantas minorias na marcha dos “oprimidos” pelo homem branco, heterossexual, malvado do Ocidente, que não houvesse privilégios suficientes a lhe conceder. Como ela seria?

Cafuza (mistura de índio com negro), nordestina, lésbica (mas serve transexual também), muçulmana, analfabeta, viciada em drogas, ex-presidiária, anã, aleijada, pobre, gorda, feia (também, né?) e sem-teto. Esqueçam cotas raciais, reforma agrária, Bolsa Família ou qualquer outro tipo de benesse estatal. Essa figura seria, por decreto, considerada merecedora de poderes absolutos. Teria de ser alçada imediatamente ao cargo de rainha absoluta da nação! Poderia, naturalmente, dar cem chibatadas por dia em qualquer homem branco heterossexual malvado de sua escolha. E, se quisesse, poderia até ser chamada de “presidenta”.

Rodrigo Constantino

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