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No próximo domingo, todos nas ruas, pois nossa bandeira não é vermelha!
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Em sua coluna de hoje, o professor de Filosofia Denis Rosenfield compara o PT a uma avestruz que enfia a cabeça na areia para não enxergar os fatos. Mergulhado em infindáveis escândalos de corrupção e responsável pela situação péssima da economia, o partido tenta se esconder para não enfrentar seus equívocos. Apela para a velha tática de culpar a mídia e a oposição pelos problemas que criou.

Mas dessa vez não vai colar. São muitos anos de governo lulopetista, período no qual a ética foi jogada no lixo. Ninguém mais acredita no discurso petista, que tenta jogar a responsabilidade para ombros alheios. O partido tenta acobertar seus corruptos, em clara cumplicidade que o povo brasileiro já se deu conta. O discurso serve apenas para enganar os mais trouxas.

O diagnóstico de Rosenfield é que o PT caiu na lama e de lá não consegue se levantar. Enquanto isso, ocorre no Brasil um despertar ético, com o povo nas ruas cobrando mudanças, querendo punição para os bandidos. Qual a reação do PT? Eis o ponto aqui: uma grande ala do partido flerta com propostas radicais para reagir a isso tudo, ou seja, gostaria de caminhar ainda mais rápido na direção da Venezuela e da Argentina. Rosenfield conclui:

A proposta de alguns setores partidários de radicalização do processo político, por intermédio de uma nova aliança com os movimentos ditos sociais, é de uma grande irresponsabilidade. Movimentos como o MST são expressões de um projeto político de tipo marxista para instalar no país um regime totalitário de tipo socialista. 

Trata-se, no caso, de uma organização de tipo leninista, que possui vários braços, como os Sem-Teto, as Mulheres Campesinas, os Atingidos pelas Barragens, os Pequenos Agricultores e a Via Campesina. Todos obedecem a uma mesma estratégia e comando, tendo na Venezuela e em Cuba seus maiores exemplos. A faceta social é uma mera roupagem.

Insistir nesta via significaria lançar o país na ingovernabilidade e numa eventual crise institucional. Quando Lula chamou o “exército” de Stédile às ruas, ele conclamou essa milícia a se preparar. Permaneceram ele e os seus apoiadores cegos e surdos aos clamores populares. No dia 15 de março, um dos seus dizeres era: “A rua brasileira jamais será vermelha!”. Como bem expressaram os manifestantes em suas roupas: “ela é e sempre será verde-amarela!”.

Aqui não há nenhuma novidade: o PT sempre foi irresponsável e sempre defendeu esses “movimentos sociais” e regimes ditatoriais. Mas tal aproximação era tática e oscilava de acordo com o momento. Ou seja, quando havia crescimento econômico e os “malfeitos” do governo eram simplesmente ignorados, o PT mantinha seu braço revolucionário em stand-by, pronto para agir, mas como uma carta na manga apenas.

Agora que os petistas estão em pânico, vendo o partido desmoronar sob uma avalanche de escândalos e ataques, vendo a perda de sua hegemonia nas ruas, muitos querem usar essa carta, acionar seus revolucionários violentos. O próprio líder deu o sinal, de forma totalmente irresponsável. É o desespero, o medo de ser preso, de perder o poder.

Mas, como lembra Rosenfield, o povo brasileiro despertou e está nas ruas, gritando que nossa bandeira jamais será vermelha. Se o PT insistir nesse caminho irresponsável, sua derrota será ainda maior, mais avassaladora. No próximo dia 12, domingo que vem, milhões vão às ruas mostrar isso àqueles que ainda não querem assimilar a realidade: o projeto bolivariano está enterrado, descartado. O Brasil é maior do que o PT.

Rodrigo Constantino

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