Em sua coluna de hoje, Luiz Felipe Pondé desmascara os ateus militantes da esquerda caviar, aqueles que ficaram “horrorizados” com os deputados que votaram pelo impeachment de Dilma em nome de Deus e da família. Seguem alguns trechos:
Os frequentadores de jantares inteligentes não gostam do povo. Mentem quando se dizem preocupados com ele. Essa preocupação só serve para alimentar a vaidade deles (“Como sou bom! Até me sinto mal quando tomo vinho, só de pensar em quem sofre na fila do posto de saúde!”). Outra vantagem de “amar a ideia de povo” é a carteira de “projetos” rentáveis junto ao governo.
Bom, isso nada tem de novo. Qualquer um que olhe a sua volta vê o nojinho que os inteligentes alimentam pelo povo. Ainda que chamem suas empregadas de “Dôdo” ou “Tatá”. […] Minha hipótese é simples. Penso que o nojinho aqui vai além do blábláblá sobre a “qualidade de nossos políticos”. O nojinho é, na verdade, nojinho de Deus, da religião e da família mesmo.
[…] Seria fácil identificar em muitos ateus rancorosos (mesmo que digam que não) um ódio de Deus que os faz pensar mais Nele do que os crentes o fazem. Quanto mais militante é um ateu, mais problemas ele tem com seu papai (“daddy issues”, como se fala em inglês). E o que falar da solidão em meio a livros e aulas, muitas vezes irrelevantes? E a inveja de quem consegue ter uma vida familiar gratificante por anos a fio? Sim, sei que prometi não pegar tão pesado, por isso paro por aqui.
Para a esquerda caviar que vive numa bolha, não existe essa coisa de “vida familiar gratificante”. A visão que eles têm do mundo é, normalmente, uma projeção de suas infelicidades, de suas próprias famílias disfuncionais. Olham, então, para aqueles aparentemente felizes como um bando de alienados, reféns de um embuste. Família, Deus e cerveja com os amigos no fim de semana durante um jogo? Isso só pode ser coisa de gente muito, muito atrasada!
Os inteligentinhos são mais refinados, ainda que vivam presos em suas angústias existenciais. O que tem de psicanalista no quinto casamento dando pitaco em temas como amor e relacionamento não está no gibi. Após tantos fracassos, precisam detonar a própria instituição do casamento, da família, tida como sinônimo de opressão.
O esforço que essa turma faz, na era do politicamente correto que ela mesma criou, para disfarçar seus preconceitos, seu ódio, seu recalque, chega a ser tocante. Mas quando surge a oportunidade, esse preconceito vem com tudo. “Mas a repressão do desprezo por quem acredita nessas bobagens religiosas, tão bem instalada no dia a dia social, explode na hora em que aparece associada a algo ‘desprezível’ como ser contra o PT”, diz Pondé.
Esse pessoal, que tem fé na “luta por justiça social”, mostra-se horrorizado com a fé religiosa dessa “gente atrasada”, “simples”. Não consegue sequer conceber que uma pessoa possa ser culta, refinada e… crente. Um Chesterton da vida, um C.S. Lewis, esses não existem para os inteligentinhos. Somente eles são “esclarecidos”, pois ateus.
O ódio à família segue o mesmo padrão do ódio recalcado a Deus. Os “bem-pensantes” encaram a família como instrumento patriarcal opressor, e a reação ao uso da expressão “recatada e do lar” mostrou bem isso. Pondé conclui: “O número de pessoas solitárias e sem filhos que ensinam por aí o que é uma família ou como educar um filho nos faria dar risada. Pode-se votar em nome de assassinos ‘revolucionários’, mas em nome da família, jamais”.
Como não sentir pena dessa turma toda que vive em suas masmorras ideológicas, destroçando suas próprias vidas, enquanto projetam no mundo exterior seus próprios fracassos e ainda se julgam moralmente superiores?
Rodrigo Constantino