A inadimplência de micro e pequenas empresas bateu recorde em março de 2019, chegando a 5,3 milhões. O número é o maior da série histórica, iniciada em março de 2016, e teve alta de 6,9%, na comparação com o terceiro mês de 2018. Na relação com fevereiro de 2018, houve aumento de 0,7%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho da atividade econômica durante o primeiro trimestre acabou por não favorecer a ampliação da geração de caixa das empresas. Este fator e a alta da inflação foram os responsáveis pelo aumento do número de micro e pequena empresas com dívidas atrasadas e negativadas.
A região Norte concentrou a maior alta (8,2%) em março de 2019, na comparação com o mesmo mês de 2018. Em segundo lugar, aparece o Sudeste, com crescimento de 7,8%, seguido de perto pelo Centro-Oeste (7,5%). Sul (6,9%) e Nordeste (3,4%) aparecem na sequência.
Em março deste ano, o número de empresas inadimplentes de todos os portes bateu recorde e atingiu 5,7 milhões. Este é o maior número de série história, que em fevereiro de 2018 estava em 5,6 milhões (alta de 0,8%). Quando comparada com março de 2018, o volume foi 4,5% maior. As micro e pequenas empresas representam 95% do total das empresas inadimplentes no país.
A economia real patina, enquanto o desemprego segue muito elevado, acima de 13 milhões. O Brasil tem pressa. A pauta prioritária é a reforma previdenciária, para que a confiança dos investidores retorne com maior robustez macro. Sem isso, a atividade econômica não vai retomar uma trajetória de crescimento sustentável.
Rodrigo Constantino
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