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É um espanto! Mas apenas para quem não conhece a esquerda. Para nós, que estudamos a fundo o tema, é apenas a esquerda sendo a esquerda: racista, intolerante, coletivista, odienta. E tudo isso em nome do amor e da tolerância, claro, e publicado num jornal de esquerda que os esquerdistas brasileiros fingem ser imparcial.

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Falo de um texto publicado no NYT neste fim de semana, por um Ekow Yankah, que pretende ensinar aos seus filhos como é impossível ter amigos verdadeiros de pele branca. E o autor, que diz transmitir essa lição com o coração partido, que supera seu ódio (sei…), ainda coloca a culpa de tanto racismo em Donald Trump! Isso mesmo: é o presidente o culpado por sua desconfiança generalizada quanto aos brancos. Diz ele, numa tradução livre:

É impossível transmitir a mistura de desgosto e medo que sinto por ele [o filho]. A eleição de Donald Trump deixou claro que vou ensinar a meus meninos a lição de gerações anteriores, uma que eu, em sua maior parte, quase escapei. Eu vou ensiná-los a serem cautelosos, vou ensinar-lhes suspeições, e eu vou ensinar-lhes a desconfiança. Muito mais cedo do que eu pensava que eu faria, eu vou ter que discutir com meus meninos se eles realmente podem ser amigos das pessoas brancas.

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A amizade significativa não é apenas um sentimento. Não é simplesmente poder compartilhar uma cerveja. A amizade real é impossível sem a capacidade de confiar nos outros, sem saber que seu bem-estar é importante para eles. O desejo de criar, manter ou exercer o poder sobre outros destrói a possibilidade de amizade. O famoso sonho do Rev. Martin Luther King Jr., das crianças negras e brancas de mãos dadas, era um sonho precisamente porque ele percebeu que, no Alabama, as condições de dominação tornavam impossível a amizade real entre pessoas brancas e negras.

A história proporcionou poucas razões para as pessoas de cor confiarem nas pessoas brancas dessa maneira, e estes últimos meses expuseram o maior desprezo com o qual o país mede o valor das minorias raciais. A América está paralisada na epidemia de opiáceos entre os americanos brancos (que muitas vezes ficam viciados após terem analgésicos prescritos – enquanto os estudos mostram que os médicos prescrevem pouca medicação para dor para afro-americanos). Mas quando as vidas negras são atingidas pelo vício, nós acordamos as comunidades minoritárias com a polícia e jogamos fora uma geração inteira de homens negros e hispânicos.

[…]

Contra nossas esperanças nacionais, vou ensinar meus garotos a ter profundas dúvidas de que a amizade com pessoas brancas é possível. Quando eles perguntam, vou ensinar aos meus filhos que a sua tonalidade bonita é uma linha de falha. Poupe-me de platitudes de como somos todos iguais por dentro. Primeiro tenho que manter meus meninos seguros, e então vou ensiná-los antes que o mundo lhes mostre essa marca particular de traição, violenta, muitas vezes fatal.

[…]

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O que é surpreendente é que ainda tenha o coração partido. É apenas para os afro-americanos que cresceram em tal lugar que observar o Sr. Trump é tão desorientador. Para muitas minorias cansadas, o ridículo era pensar que a amizade era possível, em primeiro lugar. Dói apenas se você acreditasse que a amizade poderia superar a barreira racial.

Ou seja, o autor vai ensinar racismo aos seus filhos, e fará isso em nome da sua segurança, culpando Trump pela lição racista. Já eu pretendo ensinar ao Antonio que ele não deve levar em conta a cor da pele, que tal característica é irrelevante perto do caráter das pessoas, como ensinou Martin Luther King, mas que é para ele tomar muito cuidado com esquerdistas em geral, e com coletivistas e racistas de todo tipo. É uma medida de segurança, de pós-conceito contra o preconceito.

Vou ensinar ao meu filho que alguém como Ben Carson, que apoiou a candidatura de Trump, ou que pensadores como Thomas Sowell e Walter Williams, são pessoas admiráveis, enquanto o casal Bill e Hillary Clinton e o especulador bilionário George Sores são figuras execráveis e imorais. Novamente: a cor da pele não importa para medir caráter.

Só mesmo a esquerda tem um salvo-conduto para publicar um texto tão racista e abjeto num jornalzão e ficar por isso mesmo. Alguém consegue imaginar um texto de um branco ensinando seus filhos a não serem amigos de crianças negras?

PS: Stefan Molyneux massacrou os “argumentos” do autor nesse vídeo:

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Rodrigo Constantino