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Sou “carioca da gema”, então posso criticar a minha “cidade maravilhosa” à vontade. E venho fazendo isso faz tempo, para desespero de meus colegas bairristas e provincianos, que precisam repetir que o Rio é a sétima maravilha do planeta, ignorando sua decadência cada vez maior. É um problema de mentalidade mesmo, como mostro em Brasileiro é Otário? – O alto custo da nossa malandragem.

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O Rio é a capital nacional da malandragem, do jeitinho brasileiro, dominado por “intelectuais” socialistas, artistas engajados e servidores públicos acomodados. O Rio representa tudo aquilo que há de pior no Brasil: a confusão entre “descolado” e vagabundo, o enaltecimento da marginalidade, a elite culpada que “adora” as favelas (de longe e chamadas pelo eufemismo de “comunidades”) etc.

É a extensão do Projaquistão, como Alexandre Borges magistralmente se refere ao mundo encantado dos globais fechados em sua bolha. O estado em que Heloísa Helena, do PSOL, mais teve votos no país, ou que deu vitória folgada para Dilma, ou que quase elegeu Marcelo Freixo, outro socialista, para o comando da Prefeitura (e acabou levando o bispo Crivella, só um pouco menos pior). O quintal da esquerda caviar, de Chico Buarque e companhia.

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Pois bem: tudo isso tem um elevado custo. Nenhum lugar fica impune de tanto descaso, tanta inversão de valores, tanta indecência moral. Querem atacar os empresários e endeusar o estado? Querem cuspir no capitalismo? Querem vender hedonismo e destruir as tradições? Querem disseminar vulgaridade? Querem elogiar pichadores como se fossem artistas? Então toma! Eis aí o resultado: um fracasso experimental dominado pela bandidagem.

E cada vez mais empresários e trabalhadores indo embora, abandonando o caos, o inferno, a insegurança, a mentalidade provinciana e estatizante. Enquanto isso… São Paulo, ícone dos “otários” que só pensam em trabalhar, dos “coxinhas” nada “descolados” que não sabem aproveitar a vida, segue atraindo investidores, empresas, empregos!

João Dória venceu no primeiro turno e com uma agenda de renovação e reformas profundas, impondo novo ritmo ao governo, combatendo os vagabundos. E o homem, que veio da iniciativa privada, sabe como ninguém como vender seu peixe. Eis o vídeo que mostrou a investidores em Dubai:

São Paulo preparou o “maior programa de privatização da história”. Enquanto isso, no Rio nem mesmo a Cedae consegue ser vendida, pois o próprio PSDB, partido de Dória, une-se ao PSOL para impedir sua privatização. Pergunto: como o Rio pode dar certo? Como pode ir para frente com uma mentalidade dessas? Quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré…

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Já disse uma vez e repito: se eu fosse voltar ao Brasil agora, não escolheria voltar ao Rio, onde vivi por 38 anos, mas para São Paulo ou Curitiba. O Brasil cansa, como digo no já conhecido bordão. Mas o Rio cansa em dobro! O Rio desespera. O Rio é vermelho demais. A esquerda caviar resolveu brincar de laboratório com o estado, e “deu ruim”. O abismo entre São Paulo e Rio ficará cada vez maior, a ponto de até os mais “malandros” cariocas perceberem. Poderá ser tarde demais…

Rodrigo Constantino