O presidente Donald Trump acaba de indicar mais um “originalista” para a Suprema Corte. Em sua fala, Trump destacou que as visões pessoais do juiz não importam tanto, e sim seu compromisso com a defesa da Constituição, inclusive tendo que deixar suas visões pessoais de lado para essa missão crucial.
Que diferença para os militantes “progressistas” que Obama indicara. As duas escolhas de Trump até aqui são de juízes que pretendem justamente defender a Constituição em vez de “moldar a sociedade” como um legislador ungido. A esquerda americana, cada vez mais radical, está em polvorosa, claro. Mas nós brasileiros temos algo a ensinar sobre isso.
Afinal, o aparelhamento do STF por militantes partidários disfarçados de ministros (e um deles nem juiz é, pois fracassou nas duas tentativas) foi a marca registrada do PT. E não só do STF, mas de toda a máquina estatal, do estamento burocrático inteiro. O “mecanismo” foi quase todo dominado pelos petistas, e eis aí o resultado, com essa escancarada tentativa de golpe para soltar Lula num plantão de domingo.
Alexandre Borges comentou: “Agora é mostrar para cada brasileiro que há milhares e milhares de Favretos em todas as instituições do país, o Brasil é o país aparelhado. Enquanto eles estiverem lá, o resultado das eleições é quase irrelevante”. Como se diz por aí, “está tudo dominado”.
Leandro Ruschel foi na mesma linha: “Um ‘juiz’ petista rasgou a Constituição para não punir Dilma. Um ‘juiz’ petista rasgou as leis para liberar Zé Dirceu e outros bandidos. Um ‘juiz’ petista passou por cima do STF para liberar o chefe da quadrilha. Formam a ponta do iceberg do aparelhamento gramsciano do Estado.”
Quem entende o conceito de república tem que sentir calafrios com essa estratégia de partidarização da coisa pública (res pública). Nos Estados Unidos, Obama também foi por esse caminho, desrespeitando o republicanismo, e por isso tivemos escândalos de IRS (Receita Federal) perseguindo alvos ideologicamente, assim como o FBI sob suspeita de tentar alterar o resultado das eleições. O Partido Democrata cada vez se parece mais com o PT.
A mídia mainstream amava Obama e odeia Trump. Mas é o presidente republicano que demonstra mais apreço pela ideia de república, e aponta juízes comprometidos com a defesa das leis e da Constituição, não quem quer ser fiel a uma ideologia, ou pior, a um partido.
O aparelhamento do estado por militantes é o maior câncer deixado pelo PT. E olha que a lista é gigantesca e a concorrência intensa. Limpar o sistema desses pelegos é o maior desafio para a próxima gestão. Sabemos de ao menos um candidato que certamente vai seguir nessa direção. Alguém surpreso com a histeria da esquerda e da imprensa contra ele?
Rodrigo Constantino