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O apelo patético de Henrique Meirelles aos banqueiros pela redução dos juros
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O ministro da Fazenda deveria saber – e sei que no fundo sabe: não basta a “sedução do charme” para reduzir juros. O “apelo” que teria feito aos banqueiros demonstra como o Brasil caminha em círculos, tal qual uma roda-gigante: ora por cima, ora por baixo, mas sempre sem sair do lugar.

Não atacamos as raízes do problema, o excesso de gasto público, a pouca concorrência no setor bancário, a dificuldade de recuperar judicialmente os ativos dos devedores inadimplentes. Enquanto isso, insistimos no voluntarismo, nos “apelos” emocionais, como se isso funcionasse.

O empresário Benjamin Steinbruch pode acreditar que sim. Afinal, em toda coluna semanal na Folha ele bate na mesma tecla, desde o governo Dilma, que escutou seus anseios e fez o que ele demandava. Deu no que deu. Mas o empresário, assim como os economistas da Unicamp, estão errados. Não basta “vontade política” para reduzir os juros. Segue comentário em vídeo que gravei hoje mais cedo:

O final foi cortado antes do tempo. Eis o que eu diria: “O resto é o resto, pura magia, crença infantil de iludidos”. A marca registrada dos brasileiros, que se recusam a amadurecer, a aprender, a conhecer. Aos que pretendem escapar dessa armadilha circular, recomendo meu curso online “Bases da Economia“, onde explico direitinho por que a taxa de juros não pode ser derrubada ao bel prazer do governo.

PS: Estou disposto a oferecer uma matrícula gratuita ao empresário da CSN, mas sei que seria inútil. Primeiro, porque dinheiro não é seu problema, e ele poderia comprar o conteúdo se quisesse realmente entender o funcionamento da economia. Segundo, e mais importante, porque sei que não é uma questão de ignorância em seu caso, e sim de interesses de curto prazo.

Rodrigo Constantino

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