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O apresentador e comediante Bill Maher é assumidamente de esquerda, mas isso não o impediu de vir para cima das celebridades esquerdistas com todo o seu sarcasmo ácido. A esquerda caviar, especialmente a bolha das celebridades de Hollywood, vive num universo paralelo em que policiar a linguagem e jamais ofender uma “minoria” tornaram-se uma obsessão. Só pode ofender e até agredir o homem branco heterossexual cristão ou judeu “malvadão”, que aí não tem problema, é “justiça”.

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A coisa chegou a tal ponto de ridículo que ninguém mais aguenta, nem mesmo os próprios esquerdistas. É simplesmente insuportável viver de aparências o tempo todo, tendo que pedir desculpas por tudo e tomar todo cuidado do mundo para jamais “ofender” alguém que represente uma “minoria” qualquer na “marcha dos oprimidos” e na “revolução das vítimas”. Qualquer pessoa sã está de saco cheio disso. Eis o desabafo de Maher, que sempre foi bom debatedor:

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Se por um lado é bom que a própria esquerda esteja se dando conta do excesso patético desse politicamente correto, pois o mundo ficou insuportável de chato, por outro lado é algo ruim. Afinal, Maher está certo: isso tem sido um fator relevante para as derrotas da esquerda. E se a esquerda começar a mudar essa postura e voltar a vencer, o mundo será um lugar menos chato, mas também pior em termos de progresso. O esquerdismo “liberal” nunca funcionou para entregar bons resultados.

Rodrigo Constantino