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Ligia Bahia, professora da UFRJ, esquerdista empedernida e colunista do GLOBO, sempre defende a necessidade de mais verbas públicas na saúde e ataca a iniciativa privada no setor. Para ela, o ideal seria o SUS dominar tudo, como nos países socialistas. Incapaz de compreender que o estado costuma ser um gestor ineficiente e que os recursos são escassos, ela apresenta invariavelmente a mesma solução: mais intervenção estatal para “cuidar” da nossa saúde coletiva. Mas hoje ela cometeu um ato falho em sua coluna, ao concluir:

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O ano de 2015 foi desastroso para a saúde. O SUS levou a pior. Crenças fundamentalistas em governos e orações para partidos políticos desejosos de permanecer ou assumir o poder não protegeram a população — conseguiram no máximo promover a mobilidade social de um grupo ultrasseleto de militantes, ora técnicos, ora políticos, raramente posicionados como servidores públicos comprometidos com politicas direcionadas a solucionar entraves básicos à igualdade. A rearticulação da saúde pública brasileira é prioritária para a compreensão e intervenção sobre os determinantes sociais das doenças. Subfinanciamento, portas giratórias, corrupção, prejudicaram dramaticamente a capacidade de resposta do SUS. Em 2106, os bebês, as mães, as famílias, a população e o SUS merecem levar a melhor.

Em 2106?! Cristo! Pode ser um simples erro de digitação, trocando o 1 pelo 0, claro. Mas Freud explica. No fundo, a estatizante professora deve saber ou esperar que quase um século terá que passar para que o SUS consiga oferecer um serviço minimamente razoável que faça jus a tantos bilhões que recebe dos nossos impostos. Será que as pessoas, inclusive as mais pobres, não estariam em situação melhor se sobrasse mais dinheiro em seus bolsos para comprarem planos particulares sem tanta intervenção estatal?

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Rodrigo Constantino