As cenas chocaram a América e tiveram grande repercussão. Um jogador da NFL “brutalizou” uma mulher, dando um chute nela quando estava caída no chão. Tudo foi filmado pelas câmeras do hotel. Nas imagens, sem som, dá para ver que há uma grande discussão entre alguns homens e mulheres na porta do quarto, e eles parecem todos bêbados. Há empurra-empurra, até a hora em que o jogador leva um tapa na cara, após ter afastado com um safanão a moça.
A mídia tratou o caso como uma agressão absurda do jogador, que perdeu seu emprego. Justo? Provavelmente sim. Mas, como aponta o conservador Matt Walsh em seu podcast, nem tudo se passou exatamente como os revoltados disseram. A mulher não pode ser tratada apenas como uma vítima, pois fica claro nas imagens que ela insistia em partir para cima do jogador, inclusive desferindo um tapa em sua cara.
Considera-la uma vítima indefesa sem qualquer responsabilidade pelo ocorrido seria desrespeitar sua condição de adulta, de alguém responsável pelos seus atos, e não uma criança ou mentecapta sem noção de nada. Ela poderia simplesmente ter ido embora, mas não foi. De certa forma, e isso fica claro no vídeo, ela provocou o outro lado, seja lá qual for o motivo. Isso é o disse-me-disse, e não temos como saber a verdade. Parece que eles queriam fazer sexo com elas, que não aceitaram, e aí começou a discussão. Mas eles alegam que a moça usou a palavra “N” para se referir a ele, o que o tirou do sério. Não sabemos a causa, apenas a consequência.
Mas Walsh chama a atenção para outro fator mais interessante: a inconsistência das feministas. As feministas ficaram indignadas com o vídeo, e demandaram a cabeça do jogador. Só há um problema: não são elas mesmas que exigem que homens e mulheres sejam tratados exatamente iguais? E aqui está o busílis da questão: alguém se importaria tanto com uma briga de bêbados no hotel se o agredido fosse outro homem?
Imaginemos um homem, ainda que menor, mais franzino do que o jogador, agindo exatamente como a mulher fez. Quem poderia pensar que o tapa na cara ficaria sem reação? Logo, as feministas não podem cobrar que homens sejam iguais em tudo às mulheres e logo depois condenar que homens agiram com mulheres da mesma forma que agiriam com outros homens, não é mesmo?
Não me entendam mal: não estou defendendo o ato do brutamontes. Ao contrário! Eu o condeno, e acho que a demissão é justa. Mas posso faze-lo de forma consistente exatamente porque sou “old fashion”, defendo o conceito do cavalheirismo, e entendo que homens não devem tratar mulheres como tratam outros homens. A começar porque somos, na média, mais fortes, e porque proteger as mulheres é uma meta nobre, louvável, que as feministas desprezam.
Sempre uso essa comparação para destacar as mudanças que o feminismo causou: quando o Titanic naufragou em 1912, a imensa maioria de sobreviventes era de mulheres e crianças. Os homens, imbuídos do sentimento conservador de gentleman, sabiam que deveriam priorizar as mulheres e morrer por elas se preciso fosse. Décadas depois, quando um navio afundou na Europa, a grande maioria de sobreviventes era de homens jovens, e houve relatos de que pisotearam mulheres para se salvar. Bela conquista de igualdade, feministas!
O que choca no vídeo é justamente o fato de que o homem está reagindo com a mulher como se ela fosse um homem. Mas isso não é o que pedem as feministas? Sejam coerentes! Sejam corajosas para defender suas premissas até o fim! Quem pode condenar a covardia do jogador somos nós, conservadores ou “machistas”, que achamos que mulheres merecem um tratamento diferenciado, não por serem inferiores, o que não são, e sim por serem diferentes e merecedoras da nossa deferência como cavalheiros. Bem, nem todas, claro…
Rodrigo Constantino.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião