A vitória de Macri na Argentina representa o começo do fim do bolivarianismo na América Latina. É um marco importante a oposição mais à direita ter derrotado o candidato kirchnerista, mesmo com todo o abuso da máquina estatal após tantos anos. Maduro cambaleia na Venezuela também, que já está mais perto de um regime ditatorial completo. No Brasil, o PT anda na corda bamba, lutando para evitar o impeachment de Dilma.
Todos eles são chavistas na essência, uma mistura de caudilhismo populista com o “socialismo do século XXI”. Agem em conjunto, desde que decidiram fundar o Foro de SP no começo da década de 1990, para “resgatar na região o que havia se perdido no Leste Europeu” após a queda do Muro de Berlim. Quase conseguiram.
O êxito do avanço socialista no continente é inegável. Bolívia, Equador, Venezuela, Argentina, Brasil: todos dominados por partidos intervencionistas de extrema-esquerda, que foram asfixiando as liberdades individuais e estendendo os tentáculos do Leviatã estatal por todo lugar. Instituições republicanas foram cedendo espaço para o poder arbitrário do caudilho, visto como “messias salvador” e representante direto dos pobres.
Os petrodólares e a bonança produzida pelo cenário externo permitiram a fartura nos cofres públicos, viabilizando o populismo escancarado, a compra de votos disfarçada de “conquistas sociais”. Esmolas estatais insustentáveis seduziam dos mais pobres às elites, todos fazendo vista grossa aos abusos de poder e escândalos de corrupção, pois parte do mesmo sistema podre.
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Rodrigo Constantino
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