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Durante a campanha eleitoral, Dilma assumiu o mote “coração valente”, para passar a imagem de coragem somada à ternura, inspirada no filme de Mel Gibson sobre William Wallace, o revolucionário escocês que desafiou os ingleses. Também durante a campanha, a presidente mentiu, e mentiu muito, sobre a situação econômica do país.

Disse que estava tudo muito bem, que havia só uns probleminhas conjunturais, e disse que os tucanos, caso vencessem, iriam subir preços, juros, retirar direitos trabalhistas e jogar o país na recessão. Enfim, disse que o PSDB faria tudo aquilo que ela mesma está fazendo.

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Diante deste evidente estelionato eleitoral, por onde anda o “coração valente”? O líder da minoria no Congresso, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), ironizou o discurso dos petistas: “A presidente Dilma tem que dar uma explicação geral à nação, não pode se esconder enquanto o povo é bombardeado com notícias ruins. Sei que é uma situação difícil de ser explicada. Mas cadê o coração valente? Amarelou?”

Sim, pelo visto amarelou. Dilma sumiu, não dá entrevista há um mês, preferiu correr para os braços de Evo Morales na Bolívia a ter de enfrentar os investidores em Davos, no Fórum Econômico Mundial. Para tal tarefa inglória, enviou o ministro Joaquim Levy que, tal como um malabarista, precisou vender a ideia de grandes mudanças no modelo econômico sem cuspir no anterior ou admitir que está tudo uma porcaria.

Um ou outro petista já ensaia duras críticas ao ministro Jevy, para poder blindar o PT da crise que se aproxima, uma ressaca produzida pela euforia irresponsável e inustentável de antes. Preparam o terreno para culpar Levy, o “neoliberalismo” e a ortodoxia pelas agruras que vêm por aí, causadas pelos equívocos do passado, pelo nacional-desenvolvimentismo.

Outros, realmente apegados à ideologia, vociferam em seus canais, como fez o marido de Maria do Rosário, aquela que costuma mostrar bastante simpatia e “tolerância” para com os criminosos. Esses não têm jeito: são como o cavalo Sansão em A revolução dos bichos, de Orwell. Juram de pés e mãos juntas, todos devidamente no chão, que o “neoliberalismo” é mesmo o grande vilão a ser derrotado e que Dilma não pode trair seus eleitores, que deve insistir naquele maravilhoso modelo que, por ingratidão dos astros e talvez alguma conspiração do capital financeiro, não entregava os resultados prometidos e esperados (por eles).

À exceção dos malandros oportunistas que já começam a antecipar a “pedreira” que vem por aí e tentam jogar a culpa nos ombros do pobre do liberalismo, que nunca nos deu o ar de sua graça, e esses ilustres soldados da ideologia que conseguem defender o socialismo em pleno século 21, o fato é que a imensa maioria dos eleitores de Dilma sumiu, desapareceu, escafedeu-se!

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Por onde andam esses queridos cúmplices do estelionato eleitoral? Alguém viu por aí aquela gente, não digo do povão, ludibriado pelas esmolas estatais, mas da elite “intelectual”, que repetia as falácias da campanha do PT? Sabe quem são, aqueles “pensadores” que insistiam que os tucanos “neoliberais” (???) não ligam para os mais pobres, e que eles, só por digitarem 13 nas urnas, são almas nobres e abnegadas. A esquerda caviar, enfim!

Esse pessoal tomou chá de sumiço. Eles adoravam aparecer por aqui, no meu blog, para me atacar, repetir frases prontas ou monopolizar as virtudes, por falta de argumentos. Aqueles que nos chamam de “coxinhas”, os “trouxinhas” enroladinhos pelo PT. Por onde andam? Assim fico até com saudade. Nas redes sociais também há certo clima de timidez por parte deles. Andam por aí cabisbaixos, aproveitando os apagões causados pelo governo incompetente para esconder os rostos.

Não façam isso. Assumam que votaram em Dilma e participaram desse embuste, conscientes de tudo no fundo, no fundo. Afinal, não vai adiantar se esconder. Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado…

Rodrigo Constantino

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