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O desabafo de um funcionário público liberal
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Não vou  me defender, exceto para garantir que as distorções me colheram eu não as reneguei, mas eu mesmo não pude ditá-las ou remediar qualquer uma delas. Meus “privilégios”, resumidos a um bom salário, são a realidade que deveria ser reservada para todos os que têm condições, também por mérito, de desenvolver seu trabalho, em qualquer lugar deste país, em qualquer empresa, livre das mordaças estatais.

Como não ser hipócrita nessa altura da história? É impossível para mim voltar atrás, não quero, nem posso fazer isso. Estou acomodando o meu novo pensamento liberal na certeza de que qualquer Estado, mínimo que seja, precisa ter um mecanismo qualquer e que eu sou uma peça dele. Escolho ver-me como alguém que, pela livre iniciativa e por mérito conseguiu fazer parte deste suposto Estado Mínimo.

Invoco a meritocracia pela boa fé de pessoas que, como eu, estão sendo massacradas indiscriminadamente. Eu a invoco para declarar-me inocente de ter “afundado o Brasil” com minha própria existência.

Obrigado pela oportunidade do desabafo.

Nota: O autor do desabafo preferiu preservar sua identidade. 

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