“Programa bem-sucedido do Ministério da Ciência e Tecnologia coloca o Brasil finalmente na lista de ganhadores do Prêmio Nobel”
“Vinte anos depois de reformular a matriz educacional, governo colhe os louros: a educação brasileira está entre as dez melhores do mundo”
“Minha Casa, Minha Vida recebe menções internacionais por ter praticamente zerado o déficit habitacional do Brasil”
“Globo admite perda de liderança de audiência para a TV Brasil”
“Ministro da Saúde recebe prêmio internacional em reconhecimento à excelência do sistema público brasileiro, o melhor entre as 20 maiores economias do mundo”
“Gastos do governo para preparar os Jogos Olímpicos do Rio são os menores das últimas 12 edições dos jogos. Japão pede nossa ajuda para repetir o sucesso em 2020”
“Lei Rouanet completa 25 anos de sucesso: o cinema brasileiro recebe seu quarto Oscar e Steven Spielberg lidera movimento nos EUA pedindo a adoção de uma legislação semelhante para Hollywood”
O que as sete manchetes acima têm em comum? Resposta fácil: são todas fictícias. Mas por que o governo não consegue ter sucesso em suas políticas e intervenções nos mais diversos campos de atuação? Resposta mais fácil ainda (e em destaque, para que você nunca mais se esqueça disso):
O Estado não sabe fazer quase nada direito.
Assim começa a coluna de hoje do Flavio Quintela na Gazeta do Povo. Vale a leitura na íntegra. As manchetes fictícias são um soco no estômago de qualquer brasileiro sério. Afinal, era isso mesmo que deveria se seguir das premissas adotadas por milhões de brasileiros, que sempre pedem mais verbas públicas como solução para nossos problemas. Mas onde estão os resultados? Quem verifica o que de fato aconteceu com o que fora prometido antes?
A Operação Boca Livre escancarou esquemas de desvios na Lei Rouanet. Mas o que vemos por aí? Artistas influentes, com amplo espaço na imprensa, defendendo a importância do fomento estatal na “cultura”. E qual o resultado concreto de anos dessa política? Bilhões de reais depois, o que o estado efetivamente conseguiu alcançar em termos culturais que mereça menção louvável?
O mesmo vale para a educação, para a saúde, para TUDO! Nosso estado é um Leviatã, um monstrengo inchado, que absorve 40% de toda a riqueza produzida pela iniciativa privada. E para justificar tudo isso, promete resultados fantásticos, mas não entrega absolutamente nada! Não obstante, muitos ainda insistem em pedir mais estado para resolver nossos problemas, sem se dar conta de que ele é muitas vezes o problema.
Pare de acreditar no governo, como diria Bruno Garschagen. Ele não é a solução mágica para nossos males, e sim um grande obstáculo para nosso avanço. O estado cuida da cultura? Temos o funk sendo enaltecido e milhões desviados para corruptos e uma elite artística. O estado cuida da educação? Temos o comuna Paulo Freire como patrono, doutrinação ideológica pra todo lado, e uma colocação ridícula no ranking internacional do PISA. E por aí vai.
Quando o brasileiro vai acordar para esse fato? Quando vai entender que o estado é o grande parasita que impede nosso progresso? Não é preciso virar anarquista. Há certas áreas que dificilmente o mercado poderá fazer, como Justiça, por exemplo. Os liberais defendem uma drástica redução no escopo da atuação estatal justamente para que o estado possa fazer essas poucas coisas de forma mais eficiente, sob o escrutínio da população. Como hoje ele quer cuidar de tudo, não faz quase nada direito. Quintela conclui, lembrando o que ele faz benfeito hoje:
Por fim, antes que eu exceda o espaço desta coluna, convém explicar o “quase” da minha frase destacada ali de cima. Ele se refere justamente àquela prática que tanto nos prejudica e que drena grande parte da riqueza produzida para o ralo do governo: o Estado sabe, como ninguém, promover sua ideologia e enriquecer sua rede de privilegiados com dinheiro alheio. Em outras palavras, o Estado é perito em parasitar o povo. É uma solitária gigantesca no intestino do país. E o vermífugo somos nós.
Rodrigo Constantino