O que começou quase como uma brincadeira virou algo sério, muito sério. Donald Trump foi o grande vencedor na Super Terça e desponta como o grande favorito do lado republicano, a despeito da falta de apoio dos caciques do partido. O que explica o fenômeno Trump?
São várias possibilidades, muitas já apontadas: o bilionário excêntrico que sabe encantar a plateia; o destaque constante na mídia; a era das redes sociais extremistas; o discurso populista de resgate do orgulho nacional; a retórica contra imigrantes etc. De tudo o que ajuda a explicar a perplexidade dos “especialistas” diante do fenômeno, creio que o mais relevante seja seu ataque veemente aoestablishment.
A população cansou de Washington, dos políticos profissionais. O populismo de Obama, o rei do “politicamente correto”, ajudou a parir um monstro. A esquerda achou que era possível brincar de welfare state impunemente, mas, como um bumerangue, o troço voltou para lhe atacar. O feitiço virou contra o feiticeiro.
É o mesmo fenômeno que pode ser observado na Europa, com o avanço de partidos nacional-populistas com discursos xenófobos. Quando a esquerda multiculturalista ignora todos os alertas feitos pelos conservadores, quando tenta usar imigrantes como mascotes em busca de votos, o tiro acaba saindo pela culatra, cedo ou tarde.
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Rodrigo Constantino
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