O artigo é de uma crueldade, de uma perversidade, de uma desumanidade atroz. Tudo disfarçado de solidariedade para com os negros. Brum é uma jornalista experiente e conceituada, de 50 anos, que tem a coragem de invectivar uma menina anônima de 19 anos em luta contra um câncer. Assim é o “humanismo” da esquerda. Vejam este trecho do artigo:
Eu compreendo que, para você, o turbante também significava abrigo. E talvez abrigo da dor. Mas você tem outras formas de encontrar abrigo para sua cabeça nua. Assim como eu tenho outros jeitos de me expressar através do que coloco na cabeça. As mulheres negras nos explicam que não. Que para elas o turbante é memória, é identidade e é pertencimento. É, portanto, vital. O que as mulheres negras nos dizem, Thauane, é que não querem que o turbante, que tão precioso é para elas, vire mera mercadoria na nossa cabeça. Então, Thauane, acho que eu e você precisamos escutá-las. E podemos não usar um turbante. Aliás, não usar um turbante é bem o mínimo que podemos fazer.
É muita insensibilidade colocar o capricho ideológico de um turbante acima da angústia de uma menina com câncer. Quem é Eliane Brum para se arvorar a porta-voz dos negros? A elite culpada da esquerda caviar pensa que fala em nome dessas “minorias”, mas só fala em nome de seus próprios interesses e culpas, projetando nos outros aquilo que enxerga diante do espelho.
A esmagadora maioria das mulheres negras está se lixando para o turbante. Prefere alisar o cabelo ou usar tranças artificiais. Já a menina e seus familiares, ao menos num primeiro momento, devem ter-se desesperado com o diagnóstico da doença. Por mais que a medicina tenha avançado, os índices de cura do câncer infanto-juvenil são baixos, e seus efeitos colaterais são incômodos, o que para um jovem pode ser desesperador. Nada disso conta diante da ideologia? E há quem não perceba a crueldade que se esconde sob o verniz da dita esquerda moderada.
Guilherme Assis escreveu uma excelente análise do artigo de Eliane Brum que merece ser lida. Ele mostra que Brum arma um tribunal stalinista contra a menina, fazendo dela uma espécie de bode expiatório de suas próprias culpas ideológicas. Segue trecho:
“O problema aqui, como já indiquei antes, é a simulação de um diálogo onde não há nenhum. Brum não quer alcançar Thauane — caso quisesse, teria marcado uma entrevista com ela. Brum quer fazer vodu com a figura fantasmagórica “Thauane” que existe na sua cabeça, no máximo. É bem fácil perceber como não há diálogo aí: caso Thauane quisesse responder, faria o quê? Escreveria na sua coluna no El País? Não foi aberta uma via: Brum só jogou uma bomba para o outro lado e fechou a porta. A seguir, Brum resolve explicar a Thauane o que é ter câncer, como dói, etc, e porque a jovem gostava de usar turbante, porque se sentia acolhida com essa vestimenta, etc — sempre amparada pela justificativa “acredito profundamente em vestir a pele do outro”, o que no caso de Brum significa menos empatia e mais tentar fazer dos outros marionetes das suas posições políticas.”
A turma psi da esquerda caviar adora os textos de Brum. É porque consome o mesmo tipo de droga: o autoelogio daqueles que olham para o reflexo do espelho e imaginam ver almas caridosas, bondosas, abnegadas. Mas, no fundo, essa gente sabe que não é nada disso. Essa gente sente o ódio em seus corações. E vive de negação, de projeção, de hipocrisia. O inferno é sempre o outro, não é mesmo? E dane-se a pobre garota com câncer. O importante é posar de defensora dos “oprimidos”, no caso, as negras que pretendem monopolizar o uso de um turbante idiota. Que asco!
Rodrigo Constantino
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