Texto de Marcos Weiss Bliacheris, publicado por ALEF News
O Super Bowl é um dos maiores eventos esportivos mundiais. Mais de cem milhões de pessoas o assistem, somente nos EUA. Como curiosidade, é o segundo dia de maior consumo de alimentos naquele país e o seu intervalo é o minuto mais caro da televisão mundial.
Este ano o Super Bowl colocou em campo o New England Patriots do lendário Tom Brady, bastante conhecido no Brasil como marido de Gisele Bundchen, e o Atlanta Falcons. Brady levou os Patriots a quatro títulos, gostinho que o time sulista nunca teve.
Por coincidência, as duas franquias (como são chamadas lá) são de proprietários judeus, ambos grandes doadores de causas comunitárias para Israel e com fortes laços com as comunidades judaicas locais. Boston tem uma comunidade de mais de 260 mil judeus enquanto Atlanta chega perto de 200 mil.
O proprietário do Falcons é Arthur Blank, um dos fundadores e proprietários da Home Depot e um dos bilionários que assinou o compromisso de doar para instituições de caridade 50% de sua fortuna. É um doador das instituições comunitárias judaicas do sul dos EUA e para as instituições judaicas de saúde.
Robert Kraft, proprietário dos Patriots, comanda o grupo empresarial Kraft. Vindo de uma tradicional família judaica, ele jogou futebol americano na juventude, quando era conhecido por não jogar no Shabat. Reconhecido filantropo, doou mais de 100 milhões para caridade, incluindo causas e instituições judaicas e israelenses, destacando-se o Estádio Família Kraft, de futebol americano, em Jerusalém. A liga israelense de futebol americano leva seu nome e os jogadores do Patriots costumam visitar o país, levados por Robert Kraft e por sua família.
Kraft, que doou 20 milhões de dólares para pesquisas médicas em Israel, quando um jovem judeu americano, torcedor dos Patriots, foi morto em um atentado terrorista, foi homenageado pelo time em rede nacional. É um costume das equipes fazer visitas de policiais e soldados americanos em seus estádios e jogos. Os Patriots organizam visita também para soldados israelenses em seu estádio.
Se proprietários de times judeus são comuns, jogadores são mais raros e os Patriots tem dois: Julian Edelman e Nate Ebner.
Ebner é mais discreto; Edelman, por outro lado, é um dos destaques da equipe dos Patriots. Com suas recepções seguras e presenças nas redes sociais em todas as datas comemorativas judaicas, Edelman encerra muitas de suas postagens antes de jogos com a hashtag #yallah, fazendo alusão à gíria israelense. No voo inaugural de Boston para Israel, Edelman era atração, sendo este mais um dos fortes elos que unem a comunidade judaica aos Patriots.
A torcida de nossa família pelos Patriots também tem tudo a ver com judaísmo. Afinal, todos nós viramos fãs deles quando eles mandaram um belo presente de bar-mitzvá para meu filho Amir (que ama futebol americano)! Na carta que acompanhou o presente, os Patriots cumprimentavam pelo bar-mitzvá e diziam que “no caminho para alcançar esta honra, você demonstrou grande disciplina e dedicação nos seus estudos da Torah. Para conseguir este admirável objetivo de se tornar um bar-mitzvá, você alcançou alto nível de trabalho duro, dedicação e comprometimento. Os Patriots reconhecem a importância deste valores, pois eles foram essenciais para a conquista de quatro Super Bowls”.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS