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Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal

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Senado aprova multa para empresa que não pagar salário igual para homens e mulheres na mesma função.

Estranhamente, nunca vi ninguém reclamar que o mundo da moda paga muito melhor às modelos do que aos modelos. Vocês conhecem algum modelo masculino ou gay que receba salários iguais aos da Gisele Bünchen?

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Empresários da moda, assim como quaisquer empresários, estão interessados na lucratividade dos seus respectivos negócios e, portanto, escolherão os melhores e mais produtivos. Se os melhores forem negros, eles os contratarão a peso de ouro. Se forem mulheres, idem. Parafraseando Deng Xiaoping, para os gananciosos empresários, não importa a cor ou o sexo dos gatos, desde que peguem os ratos – e encham seus bolsos de dinheiro, claro.

A liberdade de mercado já demonstrou ser o melhor remédio contra os preconceitos e a discriminação, entre outras coisas porque discriminar funcionários, seja pela cor da pele, pelo gênero ou pela religião significa lucrar menos. A própria vocação do livre mercado, cujos incentivos nos levam a não desprezar os bons negócios, assegura que os gananciosos empresários pagarão mais a quem lhes der melhores retornos.

Por que um empresário, com um mínimo de bom senso e discernimento, pagaria menos a Maria do que a João, sabendo que aquela é mais produtiva e lhe trará maiores retornos do que este? Simplesmente, não faz sentido. Afinal, como sustenta a própria esquerda em suas diatribes anticapitalistas, os empresários são, por natureza, gananciosos – e ganância é o tipo do troço que não combina com qualquer tipo de preconceito.