A bateria do carro da minha mulher arriou. Ela diz que foi do nada, mas vi a lanterna na posição “on”. Não importa buscar culpados, se foi desleixo dela ou se a vida útil da bateria está mesmo perto do fim. O importante era resolver o problema logo, para que ela não precisasse usar o meu carro. Liguei para o seguro, e imediatamente mandaram uma empresa de serviços terceirizada para esse tipo de problema.
Carioca da gema, acostumado a solicitar uma “chupeta” para dar uma carga extra na bateria do carro, esperava o rapaz em sua motoca, ou num carrinho chinfrim da própria companhia. Ledo engano! O homem chegou dirigindo seu próprio carro, particular. E não era um Fusca velho; era um Toyota Prius, aquele que alguns atores ecochatos de Hollywood também gostam para ganhar pontos extras na imagem de “consciência ecológica”:
É isso mesmo: nos Estados Unidos, o mecânico que faz esses serviços de breves reparos nos carros enguiçados chega dirigindo o próprio carro, e um carro decente. No Brasil, qual a chance de um trabalhador desses ter um carro, ainda mais um novinho da Toyota?
Pois é. Mas lembrem-se do que dizem os “intelectuais” e artistas brasileiros: o capitalismo é muito cruel, muito malvado, e os pobres estão ferrados se o estado não ajudar. Por isso, gente, que os pobres estão em situação tão melhor no Brasil, onde o estado “ajuda” muito mais do que nos Estados Unidos… #sqn!
Rodrigo Constantino