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O novo visual do blog

Caros leitores,

Os blogs da VEJA estão com cara nova, como perceberam. Muitos de vocês estão reclamando. É legítimo. Ninguém é obrigado a gostar das mudanças. Mas aproveito a ocasião para esclarecer alguns pontos.

Em primeiro lugar, a decisão é empresarial, dos que tocam o negócio e escutam os especialistas na área. Logo, não adianta pedir para que eu altere o formato de volta ao anterior. Não cabe a mim tal decisão.

Em segundo lugar, os que entendem do assunto (e eu acredito em especialização de tarefas) garantem que o novo formato é melhor preparado para o futuro, principalmente para leitores em dispositivos móveis, cada vez mais relevante no total.

Em terceiro lugar, o novo formato exige que o leitor clique em cada artigo que pretende ler. Sei que isso pode ser um pouco chato para vocês, mas representa uma contagem mais fiel das visitas (e sim, provavelmente mais arrecadação com propaganda, o que não necessariamente chegará ao autor). Mas somos ou não defensores do capitalismo e do legítimo direito ao lucro? O que sustenta os blogs senão os vossos cliques? Lembrem-se de que a Abril não vive de verbas estatais como a imprensa chapa-branca, e por isso é independente nas análises, tendo mais valor a oferecer aos leitores/clientes. Mas de alguma forma é preciso pagar por isso. A independência não vem de graça…

Em quarto lugar, é fato que vários de vocês reclamaram, e isso será escutado, podem ter certeza. Mas é preciso não se apressar por dois motivos: um, os que rejeitaram a mudança se manifestam, mas os que aprovaram ou são indiferentes não necessariamente o fazem. Logo, podemos ter um viés de amostragem aqui, com a impressão equivocada de que a imensa maioria não gostou; dois, sendo o meu público mais conservador na média, é apenas natural que rejeitem mudanças de imediato, o que não quer dizer que depois não passem a encarar com mais naturalidade a novidade.

Por fim, muitos falaram em democracia. Ora, meus caros, sou o primeiro a levar em conta a opinião de vocês, dos meus leitores, os “clientes” do blog. Mas imagina se toda propriedade privada que atende o público tivesse que fazer plebiscitos para que os próprios consumidores escolhessem tudo: seria uma loucura! Essa coisa de “democracia direta” é meio esquerdista, não? A escolha cabe, em última análise, ao proprietário, que leva vários fatores em conta na sua decisão.

Feito o esclarecimento, espero que continuem vindo aqui, de preferência mais pelo conteúdo do que pela forma, pois o grande valor que tenho a lhes oferecer, creio, está justamente na minha total independência de análise. E isso, podem ter certeza, continua. Na verdade, sai fortalecido se o grupo que me contrata tiver mais receita proveniente dos próprios consumidores.

Obrigado a todos pela compreensão,

Rodrigo Constantino

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