A imagem conquistou as redes sociais do Brasil. Um policial com coque no cabelo e barba acompanhava o deputado cassado Eduardo Cunha durante sua prisão. Mas mulheres do país todo não queriam saber de Cunha, e sim daquele “policial gato”. A histeria logo tomou conta das redes sociais e foi abordada pela imprensa com naturalidade. A euforia com a beleza do policial pode ser expressada como a coisa mais normal do mundo, e é mesmo. Só tem um porém: e se fosse o contrário?
O que estamos presenciando nesse caso, como em tantos outros, é o duplo padrão da esquerda “progressista”, sempre seletiva e hipócrita. Há uma agenda por trás disso, dessa “revolução das vítimas”, dessa “marcha das minorias oprimidas”, que tem um só denominador comum: atacar o homem branco ocidental. O heterossexual que preserva alguma virilidade, que é judeu ou cristão: eis o maior inimigo da esquerda hoje.
Em curso temos a “objetificação” do homem, assim como uma tentativa de torná-lo cada vez mais afeminado. E nessa luta vale tudo, inclusive apelar para dois pesos e duas medidas, já que é uma “vingança justa”, de toda a “opressão” que esta figura terrível sempre representou na história do Ocidente.
É assim que feministas conseguem pintar os homens – todos os homens – como estupradores em potencial, e fica por isso mesmo, algo normal para a imprensa “progressista”. É por isso que racistas negros, como os do Black Lives Matter, conseguem acusar os brancos – todos os brancos – de “demônios”, e isso é visto como a coisa mais normal do mundo pela imprensa “progressista”.
Leandro Ruschel, comentando o caso do “policial hipster”, foi direto ao ponto:
O policial que prendeu Cunha está sendo assediado por mulheres pelo país afora. “Policial gato”, “policial hipster”, “me prende”…e outras mensagens parecidas correm as redes sociais.
A reação dele foi agradecer pelo carinho.
Imaginem se fosse uma policial. Seríamos bombardeados com textões apresentando a “cultura machista” e o tratamento da mulher como objeto.
Hoje em dia apenas mulheres, homossexuais, negros e outras “minorias” podem expressar a sua opinião e os seus desejos sexuais. Já homens brancos e heterossexuais tem o direito de ficar em silêncio obsequioso, mesmo sofrendo os maiores achincalhes.
Se ainda por cima forem ricos e religiosos, serão tratados como escória da humanidade. A não ser que defendam a pauta esquerdista. Nesse caso não serão apenas poupados, mas tratados como grandes heróis.
O duplo padrão salta aos olhos. Há uma espécie de salvo-conduto para as “minorias” e para os “progressistas”. Repare que a coisa é tão grotesca que George Soros, homem, branco, judeu e um bilionário especulador, ou seja, alguém que tinha tudo para ser alvo dos mais raivosos ataques da esquerda, é o queridinho da turma, pois se diz de esquerda e financia com sua fortuna vários movimentos “progressistas”. Aí pode. Aí seus “defeitos” são perdoados.
O leitor pode achar o tema irrelevante, pode considerar a chatice das feministas algo desimportante, mas estaria enganado. É coisa muito séria! Tem a ver com o zeitgeist de nossa era dominada pelo mimimi das “minorias” e por essas constantes inversões de valores, que tornam o homem tradicional um pária da sociedade. E nas horas importantes, como para defender nossas mulheres do estupro de muçulmanos fanáticos, eis o resultado: “homens” que vão apenas “protestar” usando saias!
Joel Pinheiro também comentou sobre o assunto do policial:
Mulheres objetificando o “gato da Federal”, conhecido não por seus méritos profissionais mas apenas por sua beleza (?). Terrível? Não; humano.
Não levar em conta a personalidade, os sentimentos, as ideias e a história de vida de cada pessoa que cruza nosso caminho – ou, mais ainda, que aparece em uma foto no jornal – é um pré-requisito para uma vida sã. E sim, as pessoas se atraem pelos corpos e rostos alheios, não há nada de vergonhoso em admitir isso. Querer reprimir manifestações espontâneas e inofensivas do desejo é doentio.
Agora, imaginem se fosse uma policial mulher. A “gata da federal”. A quantidade de sermões, de matérias de jornal, de chamadas a um exame [de] consciência público [que] teríamos que aturar. Seria a prova cabal de que a sociedade é machista, e mais, misógina, e de que a mulher é tratada como um pedaço de carne e não tem chances de subir por mérito próprio. E todos se sentiriam melhor consigo mesmos depois desse ato de expiação pública do pecado que é o desejo heterossexual masculino.
Como foi na direção inversa, não dá para para realizar os ritos. Mas podemos usar a ocasião para refletir sobre a humanidade e a distância – necessária, feliz – entre os ideais e a vida.
Feministas radicais são doentes, recalcadas. Gente que prefere defender os extremistas islâmicos só para poder atacar o sistema capitalista ocidental é doente também. Racistas que querem agredir, destruir ou até matar pessoas por conta da cor de sua pele são doentes. Todos esses que se dizem representantes das “minorias” e politizam cada espaço de nossas vidas, de nossa intimidade, são coletivistas doentes.
Mas essa turma é que tem dado as cartas na cultura, na política, na imprensa. Esses doentes chegaram ao poder, e estão transformando o mundo num lugar muito chato, politicamente correto, asfixiante, e perigoso. Reagir a essa hipocrisia toda não é besteira; é fundamental para salvar o Ocidente. Quem ainda não entendeu o que está em jogo, a revolução cultural promovida pela esquerda, não entendeu muita coisa do mundo moderno.
Rodrigo Constantino
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