• Carregando...
O principal risco não é a corrupção, mas o Brasil virar a Venezuela
| Foto:

Por Leandro Ruschel

Parece que Rodrigo Janot conseguiu finalmente o que buscava há tempos: tentar equiparar os crimes de todos os políticos e partidos, o que obviamente é uma mentira. Por claramente trabalhar a serviço do PT, ele precisa ser afastado com urgência.

Já expressei várias vezes aqui a opinião que a corrupção é um grande problema, mas não é o pior deles. De longe o maior risco que o Brasil corre é virar uma Venezuela, com pobreza absoluta comandada por um ditador sanguinário.

O que produziu a tragédia venezuelana foi a ideologia socialista e sua visão equivocada em todos os aspectos, entre os principais a sua aversão aos empreendedores, à livre iniciativa, ao livre mercado e ao Estado de Direito. Obviamente que esse sistema gera níveis de corrupção estratosféricos.

Por mais repugnante que seja a prática de cobrança de propinas pela cúpula do PMDB, do PP e de alguns outros partidos, não consta que eles tenham um projeto de poder bolivariano.

O furo é ainda mais embaixo. O PT é a cabeça de um polvo, que enredou a sociedade por décadas através da sua revolução cultural. Tomaram de assalto a arte, as universidades, os sindicatos, as entidades de classe, a imprensa, a Justiça, o Legislativo e o Executivo. O seu objetivo é justamente criar um regime bolivariano.

Esse é o grande problema! E as pessoas ficam repercutindo a imprensa e os outros formadores de opinião que focam na corrupção, como uma cortina de fumaça.

Nesse momento tão sério onde o Brasil está à beira do precipício venezuelano, o mais importante é matar a jararaca que nos trouxe até aqui. As prioridades são: prisão/condenação de Lula, finalização do impeachment da Bandilma, cassação do PT. Em paralelo, guerra cultural em todas as frentes para combater a esquerda que cresceu por décadas; é uma luta de longo prazo. O foco são os aparelhos do PT, mais conhecidos como PCdoB, PSOL e Rede.

Se essas prioridades forem seguidas, o combate à corrupção e aumento de eficiência do Estado acontecerão automaticamente pelo fortalecimento das instituições (que hoje praticamente inexistem) e pela diminuição do peso morto estatal.

Colocar todos os políticos num balaio e combater os corruptos simplesmente é tomar uma aspirina para combater um câncer em metástase. Acreditar numa solução mágica de um salvador da pátria que faça uma limpa também é ingenuidade: não adianta trocar as telhas se as fundações de uma casa estão comprometidas…

O momento requer um mínimo de inteligência.

Comento: o texto do Leandro vai ao encontro deste que escrevi hoje, justamente alegando que o “purismo” de uma “limpeza geral do sistema” pode ser sedutor, mas também é perigoso. O que está em jogo é algo mais premente: impedir a todo custo a volta do PT em suas diversas formas ou siglas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]