Por Heitor Machado, publicado pelo Instituto Liberal
Em entrevista para O Globo, a economista e advogada Elena Landau anunciou sua saída do PSDB. Também anuncia que vai presidir a fundação do PSL (que está passando por uma transição para se chamar Livres). Há alguns meses, o também economista Gustavo Franco, um dos pais do Plano Real, anunciou saída do partido e entrada no Novo, partido de viés liberal e recém criado.
Essas duas notícias nos dizem muito a respeito do principal partido Social Democrata do Brasil. Essa ideologia sofre de esgotamento não só pelas denúncias de corrupção, mas pela sua tímida oposição aos níveis de estatismo presentes hoje no Brasil. O PSDB, outrora o responsável pelo equilíbrio econômico do país, vai ficar marcado na história por não gostar de fazer aquilo que ele fez de bom, abrir o mercado.
De fato, a Social Democracia nada tem a ver com uma ideologia amiga do mercado, quer mesmo é controlá-lo. No entanto, isso parece fisiológico na política brasileira. O que o PT fez com mais ênfase senão exatamente isso? Um capitalismo de estado, de compadrio, de quadrilha (e para usar o termo americano “Crony Capitalism”).
É por isso que as suas principais figuras, aquelas que colocaram as engrenagens do país para funcionar estão agora de saída para instituições que não tem vergonha de assumir que ideias liberais funcionam. É verdade que ainda faltam bons nomes terem a mesma iniciativa, para fazer justiça a alguns. Mas uma coisa é fato: o PSDB não passa nada bem. Pode ser que já em 2018 não ouçamos aquela errônea frase que diz que o “PSDB é de direita”. Ainda bem.
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