A escalada da violência segue na Venezuela, após o novo golpe da constituinte dado por Nicolás Maduro. A opressão faz inúmeras vítimas por dia, jovens estudantes que protestam pedindo liberdade e democracia. Opositores são perseguidos, sequestrados e presos a mando do ditador. Até alguns esquerdistas ensaiaram críticas ao regime, como o deputado Jean Wyllys. Enquanto isso, o PSOL e o PT continuam defendendo oficialmente Maduro e o “socialismo do século XXI”.
O PT já tinha soltado nota de apoio há alguns meses, e a senadora Gleisi Hoffmann, ninguém menos do que a presidente do partido, enalteceu Maduro em evento recente do Foro de São Paulo. O PSOL, por sua vez, soltou uma nota oficial nesta segunda, em defesa do tirano socialista, em que prega “toda solidariedade à Revolução Bolivariana”. Diz o partido de Marcelo Freixo, Jean Wyllys e Chico Alencar:
A Venezuela enfrenta dias dramáticos. O enfrentamento político interno coloca as forças políticas em claro confronto. De um lado estão quase duas décadas de conquistas populares, de apropriação da riqueza petroleira por parte do Estado, de expansão dos direitos e garantias sociais e de uma rota da transformações profundas. De outro está uma oposição de direita ultraliberal, golpista e com sólidos laços com a Casa Branca e com o sistema financeiro internacional. Além disso, tais forças contam com o apoio dos governos conservadores da América Latina e da Europa e com o suporte dos golpistas brasileiros.
Não nos iludamos. Por mais que possamos identificar equívocos na condução da Revolução Bolivariana por parte do governo Nicolás Maduro, a radicalização das posições coloca como única alternativa à sua continuidade a tomada do poder pela direita. Não há meio-termo e não há terceira via.
As dificuldades maiores do país estão em sua crônica dependência do petróleo, quadro que só pode ser alterado com firme intervenção estatal e em condições muito diferentes das atuais. A convocação de um processo constituinte visa ampliar a legitimidade de um governo que mudou a face do país, sob o comando do presidente Hugo Chávez.
O PSOL sabe que numa situação de confronto, a neutralidade significa apoio tácito ao lado mais forte. Por isso, manifestamos apoio ao processo constituinte proposto pelo governo Maduro e ao aprofundamento das transformações sociais naquele país.
Diante disso, a permanência de Jean Wyllys, que escreveu uma crítica contundente ao “presidente” venezuelano esses dias, por um só dia no PSOL demonstra toda a sua hipocrisia. É como um conservador cristão repudiar o aborto, bandeira fundamental para sua crença, e depois continuar num partido que tem como uma das principais propostas a legalização do aborto. Não é apenas incoerente: é cafajeste!
Se Jean Wyllys, Marcelo Freixo e Chico Alencar continuarem no PSOL – e vão continuar, pois nunca tiveram apreço pela democracia e pela liberdade – estará mais do que comprovado que são simpatizantes da ditadura, da opressão, da tirania que espalhou um rastro de miséria pela Venezuela. Está provado que o L de PSOL não tem nada a ver com Liberdade.
Talvez seja de Leblon, pois essa turma socialista radical costuma seduzir apenas a esquerda caviar dos bairros nobres, gente “descolada” que ama a Humanidade, essa abstração, mas não dá a mínima para os milhões de venezuelanos que sofrem sob o regime opressor de Maduro.
Rodrigo Constantino
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