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O laudo médico dos três oncologistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que examinaram o ex-deputado Roberto Jefferson atesta que o delator do mensalão não teria necessidade de permanecer em casa. Com base nesse laudo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, vai decidir se concede ou não prisão domiciliar a Jefferson. 

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Além do caso de Jefferson, Joaquim Barbosa também precisa decidir a situação do ex-presidente do PT José Genoino. No caso de Genoino, Janot já emitiu parecer recomendando que o petista, por falta de estrutura no presídio de Brasília, seja mantido em prisão domiciliar por pelo menos 90 dias. A defesa de Genoino voltou a insistir que o estado de saúde do ex-deputado não permite que ele retorne à Papuda. Na petição, contesta o laudo da UnB e reforça a tese de que o condenado tem saúde delicada.

A pergunta que não quer calar é: o PT vai questionar o laudo médico de Roberto Jefferson também? Ou será que esses médicos “burgueses” perseguem apenas o herói Genoino, e no caso de Jefferson acertaram o diagnóstico? Se ao menos fossem os cubanos…

Um peso, duas medidas. A marca registrada da esquerda. E se o critério for de trajetória e heroísmo, fico do lado de Jefferson, sem dúvida. José Genoino a vida inteira lutou pelo comunismo, o regime mais nefasto e assassino já existente na face da Terra.

Já Roberto Jefferson, com todos os seus inúmeros defeitos, foi aquele responsável por botar a boca no trombone e levar ao povo brasileiro o maior escândalo de corrupção e tentativa de golpe contra a nossa democracia da história de nossa República. Tem esse mérito.

Ainda assim, não vem ao caso. Laudo médico é laudo médico, objetivo e válido. Que Joaquim Barbosa siga a recomendação dos especialistas e mantenha os dois na prisão, local adequado para ambos.

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Só não esperem cartas de artistas famosos em defesa de Jefferson, ou políticos e militantes vociferando contra os médicos que atestaram sua boa saúde. Esse tipo de comportamento é exclusividade do PT, que detém o “monopólio da virtude” no imaginário popular.