Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
Enquanto eu assistia aos deputados brasileiros digladiando-se na Câmara Federal, dizendo barbaridades ao ministro da Justiça, eu relia o que eu considero o mais belo texto que já foi redigido na história política da humanidade:
…que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo seu Criador com certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade. Que para garantir esses direitos, os governos são instituídos entre os homens, obtendo seus poderes justos do consentimento dos governados, que sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva desses fins, é o direito do povo de alterá-lo ou aboli-lo, e Instituir um novo Governo, lançando suas bases em tais princípios e organizando seus poderes em tal forma, parecerá muito provável que afetem sua Segurança e Felicidade.” Excerto da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, em 04 de Julho de 1776.
Fico imaginando os homens que redigiram e legaram estas poucas palavras discutindo entre si até chegarem ao texto final que mudou a história.
Eram homens que moravam no campo ou em pequenos vilarejos, Nova Iorque possuía apenas trinta mil habitantes, e viviam sem energia elétrica, sem água encanada, sem saneamento básico, sem estradas asfaltadas, sem carros, sem trens, sem aviões, sem computadores, sem Internet, sem televisão, sem rádio, sem vacinas, sem anestesia, sem analgésicos, sem antibióticos, sem penicilina, sem refrigeração para os alimentos ou para amenizar o clima.
Tento transportar, imaginariamente, Thomas Jefferson, James Madison, Benjamin Franklin, George Washington, Thomas Paine, John Adams, Patrick Henry para o Congresso Nacional pensando que talvez com eles o Brasil pudesse se transformar numa sociedade civilizada, como aquela que esses homens criaram, e me dou conta que eles vivem entre nós através das ideias que nos legaram, da própria constituição que inspiraram e da nação exemplar que criaram.
Os pais fundadores dos Estados Unidos da América fundaram jornais, universidades, leis, instituições, um país inteiro para construir a modernidade.
Aqui estou eu assistindo pelo YouTube a trogloditas engravatados, bárbaros fantasiados de gente civilizada, assassinando o decoro, a moral e a própria linguagem.
Os pais fundadores dos Estados Unidos da América, em pleno século XVIII, podiam não ter as maravilhas criadas pelo homem que nossos políticos têm. No entanto, os políticos brasileiros não têm o que aqueles homens tinham: a sabedoria e a coragem necessárias para fazer o que é preciso ser feito, criar um governo limitado, com o único propósito de proteger os direitos individuais, acreditando que o ser humano, munido do direito à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da própria felicidade, pode florescer e prosperar para construir um país como os signatários da Declaração de Independência construíram.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS