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O que reação da esquerda americana ao fim da teoria conspiratória de “conluio russo” diz sobre ela?

Dois anos. Por dois longos anos, desde que Trump venceu as eleições, a esquerda bateu incessantemente na tecla do “conluio russo” para pintar o presidente como alguém ilegítimo no cargo. Uma escolha estranha, uma vez que parecia pura fantasia, teoria conspiratória, imaginar que Trump era um “ativo” dos espiões russos, implantado na Casa Branca num esquema digno de filme do 007. Não obstante, a esquerda em peso embarcou nessa canoa furada.

CNN, MSNBC, Washington Post, NYT, todos da mídia mainstream repetiram ad nauseam por dois anos o tema do “conluio russo”, muitos falando que Trump sofreria impeachment ou provavelmente acabaria preso. Não havia evidência, fato concreto, mas em vez de adotar uma postura cautelosa, a narrativa foi irresistível demais, matando o jornalismo. Trump era culpado, ponto. Não viram como ele elogiou Putin?! Deixemos de lado o fato de que um “agente russo” não daria tanta bandeira e faria o oposto, sendo discreto: os “progressistas” abandonaram qualquer lógica em prol do discurso.

E finalmente, dois anos depois de muita investigação, com mais de 2.500 pedidos de intimação pela Procuradoria, 500 pessoas interrogadas e muitos recursos públicos gastos nessa busca sem fundamento, eis que o relatório conclui o óbvio: não há qualquer indício de conluio, não só de Donald Trump, mas de qualquer membro de sua família ou governo. A constatação é direta, e basta ler o relatório na íntegra: não houve conluio. Essa deveria ser a manchete. Mas a mídia, sendo enviesada como é, tentou encontrar qualquer boia de salvação no texto, e preferiu dar destaque ao fato de que é inconclusivo se Trump obstruiu ou não a Justiça.

Ora, Trump é um fanfarrão no Twitter, fala demais, e falou demais sobre esse caso. Pode ter constrangido Robert Mueller, o responsável pela investigação, em público, mas isso não é obstrução de Justiça do ponto de vista legal, o único que importa. E por que Trump se daria ao trabalho de obstruir as investigações se, como o próprio Mueller concluiu, ele não praticou conluio algum? Novamente, falta lógica. Mas é nisso que a mídia mainstream se transformou: torcedora partidária, nada mais.

Outro ponto que merece destaque nessa triste história para a imprensa: a reação dos jornalistas e políticos democratas. Foi o foco de Matt Walsh em seu programa nesta segunda. O fato de que a esquerda americana está triste com o resultado da investigação diz muito sobre ela, sobre seus valores, ou falta deles. Qualquer patriota estaria contente ao descobrir que os russos não foram capazes de fazer um conluio com um candidato a ponto de colocá-lo na Casa Branca. Basta pensar o que isso significaria para a democracia americana: seu fim!

Mas a esquerda está tão perdida, sente um ódio tão patológico por Trump, que torcia para que, de fato, houvesse um conluio, mesmo que isso representasse o escárnio total das instituições republicanas da América. Os esquerdistas desejavam que o conluio fosse verdade, mesmo ao custo de enterrar de vez a credibilidade da democracia americana. Eis o grau de doença dessa gente! A esquerda americana não ama a América, não olha com orgulho para sua trajetória, não respeita seu legado. Ao contrário: a narrativa é de que o passado americano é um de opressão, injustiças, com o homem branco cristão no papel de algoz contra todas as minorias.

Quando políticos e jornalistas ficam tristes, desesperados, desconsolados com a notícia de que o presidente do país não armou uma grande conspiração com russos para corroer a democracia, isso diz tudo o que é necessário sobre essa turma. Preferiam viver numa republiqueta das bananas, onde agentes russos manipulam o resultado das eleições usando como espião um candidato, do que admitir que simplesmente perderam para um candidato fraco, pois a sua candidata era ainda pior. Não aceitam a derrota. Não aprenderam nada com ela. E apostaram tudo num discurso furado de conspiração, agora finalmente enterrado.

As lágrimas “progressistas” vão causar um tsunami até 2020 desse jeito…

Rodrigo Constantino

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