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O que restou à esquerda

Após mais de 13 anos de poder, a extrema esquerda deixou um rastro de destruição pelo País, e seu líder está prestes a ser preso, como quase toda a cúpula do PT. O fracasso do lulopetismo foi o principal fator por trás do surgimento da tal “onda conservadora”, que causa pânico nos “intelectuais”. Em frangalhos, os radicais de esquerda tentam reunir os cacos e sobreviver politicamente, até porque sem as tetas estatais estão fritos: teriam que trabalhar de verdade.

Mas o prognóstico, “sinto” dizer, não é dos melhores. Quando alguém como Guilherme Boulos, líder do MTST, torna-se a mais nova esperança pelo PSOL, é porque o ambiente já está empesteado com o odor de naftalina. É a vanguarda do atraso, que remete ao Lula de 1989, que enaltece o modelo venezuelano justo no momento em que o mundo debate como lidar com a catástrofe humanitária produzida por ele. Terá traço nas urnas, como as Farc tiveram na Colômbia.

A outra opção é igualmente sofrível: Ciro Gomes. Postura de coronel nordestino, truculento e desrespeitoso com o povo, Ciro é o ícone do oportunismo. Ruim de voto, está sempre em torno do poder. Costuma bater boca mais do que debater, e quando tenta falar algo sem o tom raivoso, precisa aparentar um conhecimento que não possui, usando termos como “subalternizar” para substituir a ausência de conteúdo.

Espremendo a verborragia, o que sobra é só a velha receita “desenvolvimentista”, que prega mais intervenção do Estado na economia, controle artificial do câmbio, protecionismo, tudo aquilo, enfim, responsável pelo fracasso brasileiro em relação aos países mais ricos e, não por acaso, mais liberais.

Ciro já xingou Dilma e Lula, mas talvez fosse o caso de olhar num espelho antes. Inclusive está, após muitos outros partidos, no PDT, que foi casa da mesma Dilma e do guru dos néscios tupiniquins, Leonel Brizola, o maior responsável pela desgraça carioca. Querem imaginar o Brasil com Ciro? Basta olhar para o Rio de Janeiro de hoje.

Mas dura mesmo é a situação das feministas. O PSOL é o partido de Freixo, aquele cuja ex-mulher o acusa de violento sob o silêncio cúmplice das companheiras, assim como o defensor do regime cubano, o mais machista e homofóbico do mundo. E Ciro, bem, é o Ciro, aquele que descreveu a principal função da mulher durante sua campanha como “dormir” com ele. Mas machista é Bolsonaro…

Eis, então, o que restou à esquerda radical: um invasor de propriedade e um oportunista truculento defensor das ideias mais ultrapassadas que existem. Candidatos que desafiam a Justiça para defender um corrupto condenado. Figuras que ameaçam o juiz Sergio Moro para proteger bandido, ainda que “à bala”. A resposta da população virá nas urnas. Por isso a extrema esquerda odeia a democracia!

Texto originalmente publicado na revista IstoÉ

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