Por Thiago Kistenmacher, para o Instituto Liberal
Sei que 2026 chegará logo, e é exatamente por isso que escolhi esta data. A História não precisa de 100 anos para ser deturpada. Para isso basta um professor-doutrinador querendo rememorar os “10 anos de Golpe”. Enfim, o que seu filho terá na aula de História?
Pergunta: o que irá constar no Plano de Ensino relativamente à temática do Impeachment de 2016? Bem, o discurso pode variar um pouco, mas, por alto, creio que se não houver um combate inteligente à doutrinação que existe nas salas de aula, o tom será mais ou menos este:
Plano de Ensino para o PRIMEIRO BIMESTRE 2026:
– Compreender e analisar o processo de Golpe de Estado financiado pelo capital estrangeiro;
– Discutir as consequências do neoliberalismo no Brasil e o ataque aos trabalhadores nacionais;
– Estabelecer relações entre o Golpe Civil-Militar de 1964 e o Golpe de Estado de 2016;
– Identificar a origem da onda conservadora e do fascismo latino-americano;
– Relacionar a mídia golpista com o fim da democracia no Brasil;
– Examinar a influência do vice-presidente na articulação do Golpe;
– Conceituar Golpe de Estado com base nas discussões feitas em sala e nos textos indicados pelo professor;
– Produzir texto analítico sobre o tema: “Dez anos do Golpe: o que mudou?”
É sabido por todos que existem interpretações históricas completamente distorcidas pela ideologia socialista. Temos professores negando e defendendo as ditaduras da ex-URSS, de Cuba, da Venezuela e inclusive da Coreia do Norte! Se estes sujeitos conseguem – mesmo com todas as informações disponíveis – confundir alunos e fazer com que boa parte deles defenda as piores tiranias da História, imagina o que poderão fazer com o complexo processo de Impeachment!
Como os professores-doutrinadores não sofrem Impeachment, a palavra “golpe” será repetida continuamente até a exaustão, pois se a narrativa vitimista existe mesmo com o PT no governo federal, fora dele a situação só tende a piorar. Além do que, os professores-doutrinadores atuais favoráveis ao PT permanecerão trabalhando normalmente até lá, portanto, a doutrinação irá enrubescer ainda mais.
Por sorte temos iniciativas como as do projeto Escola Sem Partido que, embora sejam polêmicas entre os liberais devido ao papel do Estado, promovem debates imprescindíveis na educação atual. Entendo as reservas dos professores no tocante à lei, porém, a questão central é a seguinte: se o professor vê problema até mesmo nas reflexões acerca da doutrinação, negando-as peremptoriamente, ele é, sem dúvidas, um forte candidato a adotar um Plano de Ensino como aquele apresentado acima.
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