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O responsável pelo legado cultural sueco é um muçulmano paquistanês que nada sabe sobre o país

No teatro dos absurdos que o mundo ocidental pós-moderno se transformou, fica difícil selecionar uma pauta para ilustrar o grau de bizarrice na tal marcha das “minorias oprimidas”: há fartura demais! É muita concorrência. E ainda tem “liberal” que me acusa de fazer “cherry picking” de “casos isolados” para criar uma narrativa…

E por falar em criar narrativa, essa notícia talvez seja a mais maluca de todas, pau a pau com a da mudança no hino canadense para ficar “neutro de gênero”. O responsável pelo legado cultural sueco será um paquistanês muçulmano que nada sabe sobre o país. Não importa: ele só quer saber da oportunidade de “criar uma narrativa” mais “inclusiva”.

Qaisar Mahmood, um muçulmano nascido no Paquistão, foi apontado como chefe do Swedish National Heritage Board, que, como diz o nome, cuida da herança cultural da Suécia. Mas o próprio admite que não conhece nada sobre tal herança, que não leu sobre o assunto. Sem problemas: seu trabalho não tem ligação efetiva com a preservação cultural, apesar do nome.

O muçulmano, que certa vez rodou a Suécia em sua motocicleta para descobrir em que a nação consiste, uma espécie de Che Guevara da Escandinávia, está usando sua posição não para destacar ou celebrar a herança cultural do país, mas para diminui-la, para criar uma falsa narrativa que facilite a imigração em massa de muçulmanos.

Ele não quer simplesmente alertar as pessoas para artefatos vikings, mas usar a história sueca para “criar uma narrativa” que fará dos muçulmanos “parte de algo”. O foco é fornecer a sensação de pertencimento aos imigrantes do Islã. E se, para tanto, for preciso distorcer o passado dos vikings, que seja! É um pequeno preço a se pagar pelo “progresso”.

O uso de “fake news” faz parte do processo. Ganhou repercussão no mundo a falsa notícia de que foi encontrado em trajes de enterro Viking do século X a palavra “Alá”, com o claro intento de convencer os suecos de que o Islã sempre fez parte da tradição sueca. Não haveria motivo, portanto, para preocupação com a verdadeira invasão* de imigrantes hoje. Essa gente toda está em casa!

Acabou que tudo não passou de uma mentira, mas o estrago já estava feito. Muitos passaram a acreditar que os Vikings eram muçulmanos, que o Islã é a Suécia e a Suécia é o Islã, que o país escandinavo era muçulmano antes de se tornar cristão. Os imigrantes muçulmanos são praticamente suecos voltando ao lar de origem!

O cargo de Qaisar Mahmood, que confessa não conhecer o legado sueco, e que não tem, ele mesmo, qualquer herança sueca, é o mais novo golpe na tentativa das lideranças suecas de obliterar sua história, de avançar no suicídio cultural e nacional em curso. Mahmood é um instrumento. Os verdadeiros inimigos, os bárbaros, estão dentro dos portões, no poder, pois apontaram o muçulmano para o cargo. São os “progressistas” defensores do multiculturalismo.

Quem liga para algo tão ultrapassado como identidade nacional na era do politicamente correto? Toda a destruição que vemos e que ainda deverá aumentar será autoinfligida. Quem controla o passado controla o presente e, portanto, o futuro, como alertou George Orwell em 1984. O revisionismo histórico promovido pela esquerda tem claramente esse objetivo. Dar as chaves do passado cultural da Suécia para um paquistanês muçulmano é desejar um futuro de submissão para os herdeiros dos Vikings. Que destino trágico e vergonhoso!

* O uso da palavra invasão é no sentido de entrada em massa, mas não chega a ser uma invasão propriamente dita, pois os ocidentais estão convidando essa gente toda. Depois, quando sua casa não for mais reconhecível, quando suas filhas usarem burca, quando a poligamia estiver vigente, quando o Corão for o livro sagrado oficial, de nada adiantará reclamar.

Rodrigo Constantino

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