Por Alexandre Borges, publicado pelo Instituto Liberal
Em 30 de outubro de 2008, Barack Hussein Obama prometeu sem meias palavras: “we are five days away from fundamentally transforming the United States of America.” Aparentemente, conseguiu.
Neste triste dia de 5 de julho de 2016, um dia após a comemoração do aniversário do país, o diretor do FBI James Comey anunciou que, a despeito de todas as evidências de crime, Hillary Clinton não será processada.
Comey admitiu, de maneira escandalosamente sincera, que:
– Hillary usou diversos servidores para ler e enviar emails ultra-secretos como Secretária de Estado, o cargo mais importante do governo americano depois da presidência. Hillary mentiu sobre isso durante as investigações.
– Dos 30 mil emails analisados, pelo menos 110 continham informações classificadas como ultra-secretas. Hillary mentiu sobre isso durante as investigações.
– Ao menos três emails não entregues ao FBI por Hillary foram classificados no momento do envio ou do recebimento como ultra-secretos. Como Hillary diz que deletou os emails de seu servidor pessoal, nunca se saberá o que foi dito neles.
– Os advogados de Hillary alegaram que diversos emails deletados antes de serem entregues ao FBI foram analisados apenas pelo assunto e não pelo conteúdo. Como ter certeza sobre o que continham? Ninguém jamais saberá.
– Hillary foi, segundo o FBI, “extremamente descuidada” ao usar emails com conteúdo ultra-secreto, colocando os mais delicados segredos de estado em emails com menos segurança do que “se fossem enviados por até por um sistema comercial privado como o Gmail”.
– Hillary sabia que estava lendo e enviando material ultra-secreto e não tem como alegar que não sabia.
– É perfeitamente possível que seus emails tenham sido hackeados no próprio servidor ou no servidor dos destinatários por conta da falta de cuidados com a segurança e a despeito das orientações específicas para isso.
Hillary, em resumo, mentiu escancaradamente sobre tudo que envolve o caso como mostrou a investigação do FBI e realmente colocou os segredos do país deliberadamente em risco. O único nome para isso é alta traição.
Para terminar o show de horrores, James Comey disse: “to be clear, this is not to suggest that in similar circumstances, a person who engaged in this activity would face no consequences. To the contrary, those individuals are often subject to security or administrative sanctions. But that is not what we are deciding now.”
Releia a frase acima. O diretor do FBI admite que se fosse outra pessoa que fizesse algo parecido, ela estaria enrascada, mas como é Hillary e os Clinton estão acima da lei, deixa para lá.
Não consigo acreditar que vai ficar por isso mesmo, mas se ficar podemos admitir que hoje Barack Obama cumpriu sua mais sombria e assustadora promessa de campanha: transformar fundamentalmente a América, país fundado no princípio de que haveria o império das leis e não dos homens e que ninguuém estaria acima da lei.
Se o governo americano estiver mesmo tão corrompido, se o FBI admite publicamente que, a despeito de todos as evidências de crime de alta traição, Hillary sairá rindo desta, estamos presenciando o fim dos EUA como concebido pelos pais fundadores, o mais próspero, livre e bem sucedido da história da humanidade.
Que o mundo tenha a exata noção da importância deste caso e da necessidade de derrotar o partido democrata nesta eleição presidencial. Como disse Dennis Prager, uma derrota nesta eleição tornará o resultado das próximas irrelevante.
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