A esquerda é mesmo muito canalha. Está sempre disposta a puxar da cartola o vitimismo, a ideologia de identidade, quando interessa. A minoria oprimida da vez varia de acordo com os interesses. Se o candidato é Obama, então toda crítica feita a ele será fruto do racismo, pois não querem um negro na presidência. Mas quando a candidata é Hillary Clinton, então é porque ela é mulher. E quem diz isso é o próprio Obama, que massacrou a então adversária nas primárias do passado, quando foi o escolhido pelo seu partido.
O presidente Obama “insinuou” de forma escancarada que Hillary Clinton não recebe os devidos créditos por ser uma mulher. Ou seja: ela não seria tão criticada por tantos por ser falsa, mentirosa contumaz, pouco confiável, ambiciosa ao extremo, oportunista, machista quando isso lhe interessa (vide como tratou as amantes do marido “predador”) etc. Enfim, ela não seria alvo de ataques por ser esta mulher que é; mas sim por ser, simplesmente, “uma mulher”. Vejam a fala canalha de Obama, e a reação das entrevistadas do programa de Neil Cavuto na Fox News (ah, se não fosse a Fox News para colocar os pingos nos is):
A insistência da esquerda na ideologia de identidade é uma das grandes ameaças à democracia na era moderna. Eis o tema da modernidade: a “marcha das minorias oprimidas”, a “revolução das vítimas”. Obama precisa ser eleito por ser negro, não importa que tenha se mostrado um presidente medíocre, na melhor das hipóteses, como os conservadores anteciparam. E agora é a vez de Hillary ser eleita por ser mulher, não importa que seja ainda pior do que Obama em quase tudo.
Mas pergunte às feministas e aos esquerdistas em geral o que eles acham de Margaret Thatcher, de Condoleezza Rice, e logo ficará claro, transparente como a água, que a ideologia de identidade não tem nada a ver com as “minorias” mesmo, que é apenas um pretexto, um duplo padrão bem seletivo, para proteger os esquerdistas, mesmo e principalmente quando estiverem sem bons argumentos.
Quando Hillary estava à frente nas pesquisas, a população americana não era machista. Mas quando ela começa a cair, aí é por causa do machismo. Como alguém sério ainda leva essa esquerda a sério? Como alguém pode realmente considerar Obama um bom presidente, um sujeito decente? É um espanto!
Portanto, vamos usar contra Obama uma esquerdista conhecida, militante, só que em outro momento da campanha, quando o socialista Bernie Sanders ainda disputava com Hillary a vaga. Eis o que a atriz Susan Sarandon disse: “Não voto com minha vagina”. Sim. Vejam:
Logo, ninguém deve votar em Hillary só por ela ser mulher. E quem diz isso não sou eu, ou Trump, ou qualquer “reacionário preconceituoso”, mas uma atriz esquerdista eleitora do Partido Democrata. Caso encerrado, Mr. President?
PS: Cavuto encerrou o quadro com chave de ouro ao lembrar que os Estados Unidos nunca tiveram também um presidente da minoria de descendentes italianos, como ele mesmo. É a melhor forma de ridicularizar a esquerda: mostrar que é possível apelar para sua própria tática em defesa de quase qualquer um, bastando forçar a barra, como a esquerda faz sempre.
Rodrigo Constantino
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