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Por Júlio César Cardoso, publicado pelo Instituto Liberal

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Os 100 dias do governo Jair Bolsonaro não correspondem à expectativa positiva que os seus eleitores esperavam. Isso não significa, entretanto, nenhum arrependimento por sua eleição.

Pior do que fez o partido de esquerda que governou o Brasil por mais de 13 anos, quase o levou à bancarrota e teve dois ex-presidentes, uma cassada e outro legalmente condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, certamente, o governo Bolsonaro será muito melhor.

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Mas o eleitor sente-se decepcionado com o desempenho de início de governo, e as pesquisas indicam isso. Assim, temos que ser honestos em reconhecer que até agora, de medida positiva ao país não houve nada. E esse nada, acrescido de algumas  atrapalhadas, tem se constituído em combustível perigoso para a esquerda respirar e pretender voltar ao poder.

Trapalhadas e mais trapalhadas com indicações e exonerações de ministros ou a manutenção de outro, envolvido em “laranjal”. A intervenção indevida  nos preços da Petrobras, que pegou o ministro Paulo Guedes de surpresa. E o Ministério da Educação conduzido de forma amadora. Tudo isso intranquiliza  a nação e exige mudança de comportamento.

A pasta da Educação, que deveria ser a mais importante do governo, pois a educação é a mola propulsora do desenvolvimento de qualquer nação, não foi tratada com o merecido valor ao ser inicialmente relegada a um estrangeiro incompetente e trapalhão. Mas também nos governos passados a educação não mereceu a importância  devida.

Por sua vez, os seus filhos, principalmente o vereador carioca Carlos Bolsonaro, têm inadvertidamente se intrometido muito na governabilidade, pondo em dúvida a autoridade do presidente da República.

Esperava-se mais velocidade para combater os estragos deixados pelos governos petistas. No entanto, o governo joga as suas cartas apenas na aprovação açodada da reforma da Previdência Social – sem ter presente nenhum laudo de auditoria externa que comprove a real  situação deficitária e indique os seus causadores. Embora haja manifestação do TCU pela debilidade previdenciária, a CPI do Senado concluiu, em 25/10/2017, que a Previdência Social não é deficitária.

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Na mesma escala de valores da Previdência Social, para equilibrar a dívida  pública, estão o indispensável enxugamento das robustas despesas nos Três Poderes da República e a reforma tributária, que o governo deixou de apresentar ao Congresso.

Sobre o autor: Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e já atuou como Servidor federal.